Greta Thunberg começou uma greve em frente ao parlamento sueco em agosto do ano passado. Seus pais tentaram dissuadi-la. Colegas de classe se recusaram a participar, pedestres expressaram pena e riram diante da visão da então desconhecida garota de 15 anos sentada sobre os paralelepípedos com um cartaz pintado à mão.

Oito meses depois, a imagem não poderia ser mais diferente. Greta, atualmente com 16 anos, lidera hoje em todo o mundo uma greve escolar para exigir dos políticos ações contra o aquecimento global. Ela se tornou um modelo de determinação, inspiração e ação positiva.

Presidentes nacionais e executivos de empresas se alinham em fila para serem criticados por ela, cara a cara. Seu cartaz (greve da escola pelo clima) foi traduzido para dezenas de idiomas. E, o mais impressionante de tudo, a solitária adolescente que o segurava hoje está acompanhada por milhões de outros jovens.

Estudantes de todo o mundo – de Sydney a Paris, de Tóquio a Bogotá e de Hong Kong a Kampala -, não estão indo as às aulas. O movimento contra as mudanças climáticas tem mais de 1.000 eventos previstos em 100 países para o dia de hoje.

“Como nossos líderes comportam-se como crianças, nós [as próprias crianças e os jovens] teremos que assumir a responsabilidade que eles deveriam ter assumido há muito tempo atrás” Greta Thunberg estudante e ativista, em declaração na COP-24 (24ª Conferência do Clima das Nações Unidas), em dezembro de 2018

#YouthForClimate #youthstrike4climatebrighton #brighton #Strike4Climate #StrikeForClimate View of Brighton Youth Strike 4 Climate pic.twitter.com/H7k5VH6XpM

— Hamish Watson (@hmshwatson) 15 de março de 2019

Nesta quinta-feira (14), ela foi indicada ao Nobel da Paz, prêmio que deve ser entregue em dezembro de 2019. O parlamentar norueguês Freddy André Øvstegård disse: “Propusemos (Greta ao Nobel) porque, se não fizermos nada para parar a mudança do clima, ela irá nos causar conflitos, (a ação de Greta) é uma contribuição para a paz.”