Um acidente pode ser a chave para o avanço mais significativo dos últimos tempos sobre uma das maiores questões da humanidade: o que acontece quando estamos morrendo?
Um paciente de 87 anos estava sendo tratado por um neurocirurgião da Universidade de Louisville, EUA, quando começou a ter convulsões. Seguindo a rotina, o médico começou a gravar a atividade do cérebro do paciente através de um equipamento conhecido por EEG, ou eletroencefalograma. O Dr Ajmal Zemmar então está diante de algo que pode mudar o ponto que chamamos de “morte:
Fonte da pesquisa: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnagi.2022.813531/full
“…enquanto o EEG estava gravando, o paciente sofreu uma parada cardíaca e morreu. Então, agora, de repente, temos a primeira gravação da vida até a morte no cérebro humano” afirmou Zemmar a uma TV.
Esse tipo de atividade cerebral, nesse momento especifico, nunca havia sido registrada antes. Geralmente se aceita que o modo tradicional de medira a vida é o registro de batimentos cardíacos. Então o médico questiona: “Quando morremos – é quando o coração para de bater ou quando o cérebro para de reagir”?
O artigo publicado recentemente pelo Dr Zemmar e seu colega de pesquisa Professor Raul Vicente Zafra analisou as leituras gravadas pelo EEG no momento da morte do paciente de 87 anos. As leituras mostram um claro aumento da atividade cerebral após a “morte”. Os dados reunidos e analisados pelos pesquisadores apontam para a ideia de que a vida passa diante dos nossos olhos em grande velocidade quando estamos morrendo. São 30 segundos completos de memória, pelo menos quando se está tendo uma parada cardíaca como no caso do paciente do Dr Zemmar.