Mesmo existindo vacina eficaz para prevenção da doença, foi observado um aumento exponencial de casos em Campo Grande
Campo Grande enfrenta um surto de hepatite A, com mais de 100 casos confirmados até o momento, após cinco anos sem registros da doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a transmissão da hepatite A ocorre principalmente pela ingestão de alimentos ou água contaminados e está associada a condições precárias de saneamento básico e práticas de higiene inadequadas. A maioria dos casos registrados envolve homens jovens, entre 20 e 34 anos.
A Sesau informou que a vacina contra a hepatite A foi introduzida no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014, com aplicação para crianças a partir de 15 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias, com uma dose única. A vacina também está disponível para pessoas com condições de saúde específicas, como doenças hepáticas crônicas, HIV e outras condições imunológicas. Neste caso, a imunização ocorre em duas doses, com intervalo de seis meses, nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
A cobertura vacinal infantil em Campo Grande está em 91,82%, de acordo com a Sesau, que tem intensificado a divulgação de alertas sobre o surto, tanto pela imprensa quanto nas redes sociais oficiais. A vacinação continua sendo uma das principais estratégias de prevenção, além de ações de conscientização sobre a importância da higiene e saneamento. A Secretaria de Saúde também destacou que os sintomas da hepatite A incluem fadiga, febre, dor abdominal, e icterícia, podendo evoluir para quadros gastrointestinais mais graves.
A Sesau segue monitorando todos os casos registrados e realizando ações de controle para evitar a propagação da doença na cidade. A recomendação é que a população busque orientação nas unidades de saúde e adote medidas preventivas como o uso de água potável e cuidados com alimentos.