Trump eleva tarifas e sanciona Alexandre de Moraes em nova ofensiva contra o Brasil

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Ofensiva Trump: Brasil é alvo de sanções políticas e econômicas; tarifa sobre exportações chega a 50%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou sua ofensiva contra o Brasil em duas frentes, política e econômica. Na área diplomática, a sanção mais polêmica foi a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que o exclui do sistema financeiro global. Já na área comercial, o Brasil foi o país mais afetado por um novo pacote de tarifas americanas, com sobretaxa total de 50% sobre diversos produtos.

Sanção a Moraes

Trump sancionou Moraes por meio da Lei Magnitsky, medida que impede que ele mantenha contas ou utilize serviços de qualquer instituição financeira com vínculos com os Estados Unidos, o que, na prática, o retira do sistema financeiro internacional. Apesar da gravidade da medida, o ministro descartou por ora ser representado pela Advocacia-Geral da União (AGU) nos EUA. A decisão foi tomada após reunião com o presidente Lula e o advogado-geral da União, Paulo Gonê, no Palácio da Alvorada.

Tarifaço de 50%

Na economia, o novo pacote tarifário anunciado por Trump começa a valer em 7 de agosto e impõe um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras, a mais alta entre todos os países. A sobretaxa combina uma tarifa anterior de 10% com uma nova carga de 40%. Para efeito de comparação, Canadá enfrenta taxas entre 26% e 35%, enquanto a Síria, segundo país mais afetado, terá tarifa de 41%.

Apesar da medida severa, produtos como os da Embraer foram incluídos em uma lista de 700 exceções divulgada pela Casa Branca. O café, um dos principais itens da pauta de exportação brasileira para os EUA, também pode entrar nessa lista antes do prazo final de implementação das tarifas.

Pesquisa Datafolha feita antes do anúncio oficial do novo pacote tarifário mostra que:

  • 89% dos brasileiros acreditam que o tarifaço prejudicará a economia do país;
  • 23% acham que o impacto será pequeno;
  • Apenas 7% acreditam que não haverá prejuízo.

Ainda segundo o levantamento:

  • 57% acham que Trump está errado ao pedir o fim do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • 36% apoiam a postura do líder americano;
  • 45% acreditam que Bolsonaro sofre perseguição no Brasil;
  • 50% discordam dessa ideia.

A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Com a aproximação do prazo para a entrada em vigor das tarifas, o governo brasileiro acompanha de perto a evolução do cenário e articula, nos bastidores, possíveis medidas diplomáticas e comerciais para mitigar os impactos da decisão americana.

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