Preço da gasolina em MS segue estável mesmo após redução anunciada pela Petrobras

Preço da gasolina em MS segue estável mesmo após redução anunciada pela Petrobras
Diretor executivo do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto / Foto: Roberta Dorneles

Redução na gasolina ainda não reflete totalmente nas bombas, explica diretor do Sinpetro-MS

Durante o Café com Blink desta segunda-feira (10), o diretor executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, explicou por que a recente redução anunciada pela Petrobras no preço da gasolina ainda não foi sentida pelos consumidores.

Segundo Lazarotto, embora a Petrobras tenha anunciado uma queda de R$ 0,14 por litro nas refinarias, o impacto real sobre o valor final é menor. “A gasolina tem 30% de etanol anidro na composição, então a redução efetiva é de cerca de nove centavos. Além disso, as distribuidoras decidem se repassam ou não o desconto, o mercado é livre”, destacou.

O diretor também lembrou que o preço final ao consumidor depende de várias etapas até o combustível chegar aos postos. “São sete fases: produção, transporte, armazenamento, refino, importação, distribuição e, por fim, a revenda. Somos o último elo da cadeia, então o reflexo leva alguns dias”, explicou.

De acordo com dados do Sinpetro, o preço médio da gasolina em Campo Grande se manteve praticamente estável ao longo do ano, em janeiro era de R$ 5,97, e hoje está em torno de R$ 5,89. Mesmo assim, Mato Grosso do Sul segue entre os estados com a gasolina mais barata do país, segundo levantamento da ANP.

Sobre as diferenças de valores entre regiões, Lazarotto destacou que o frete tem forte influência. “Quanto mais distante a cidade, mais caro o combustível. Temos que buscar gasolina a mais de 1.100 quilômetros de distância”, explicou.

O diretor também descartou grandes aumentos até o fim do ano. “Não vejo possibilidade de alta na gasolina neste momento. O diesel é mais instável porque depende da importação e do mercado internacional. Mas, no geral, o consumidor deve continuar encontrando preços estáveis”, avaliou.

Por fim, ele reforçou a importância da pesquisa de preço. “Hoje em Campo Grande temos valores que variam de R$ 5,65 a R$ 5,90. Vale a pena comparar. A gasolina é a mesma, o que muda é o atendimento e a estrutura do posto”.

O Sinpetro-MS representa mais de 500 postos no estado e cerca de 10 mil trabalhadores diretos no setor.

Confira a entrevista completa:

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