Bebês reborn: Polêmica nas redes sociais e projetos de lei em MS geram debate sobre prioridades públicas

Bebês reborn: Polêmica nas redes e projetos de lei em MS geram debate sobre prioridades públicas

Bebês reborn e o debate nas redes: Entre polêmica e projetos de lei em MS

O fenômeno dos bebês reborn, bonecas hiper-realistas que têm movimentado as redes sociais e tem gerado uma verdadeira polêmica, especialmente com boatos sobre seu uso indevido em serviços públicos, como o SUS. Enquanto isso, fabricantes lucram alto com bonecas que chegam a custar até três mil reais, e em casos especiais, podem passar de oito mil reais.

A controvérsia ganhou destaque após um episódio em Santa Catarina, quando uma mulher levou uma boneca reborn a um posto de vacinação para “fazer piada” e tentar viralizar nas redes. O caso foi isolado, mas despertou uma onda de notícias falsas, inclusive em Campo Grande, onde memes falsos afirmavam brigas por vagas de estacionamento reservadas para gestantes envolvendo mães de bebês reborn.

Especialistas e representantes locais alertam para o exagero em torno do tema. “Ninguém está usando essas bonecas para furar filas no SUS ou em maternidades”, garante Rodson, da Secretaria Estadual de Saúde de MS. Ele reforça que não há registro de casos reais envolvendo bebês reborn em atendimentos públicos.

Por outro lado, parlamentares de MS e outras regiões têm apresentado projetos de lei para proibir o atendimento a bonecas reborn em órgãos públicos, como forma de evitar abusos, embora, segundo autoridades, isso ainda não seja um problema concreto. Em MS, o deputado João Henrique Catan (PL) propôs a proibição, enquanto o vereador Fábio Rocha (União Brasil) sugere multa de R$ 500 para quem ocupar filas públicas com as bonecas.

Especialistas também chamam atenção para o preconceito associado aos bebês reborn, já que a maioria das donas dessas bonecas são mulheres, que acabam sendo alvo de xingamentos e julgamentos nas redes sociais. “É importante não banalizar transtornos mentais e respeitar as escolhas pessoais”, afirma uma psicóloga ouvida.

No meio da polêmica, há quem critique o foco das discussões. “Nossos parlamentares deveriam se preocupar mais com questões reais da população, como infraestrutura, saúde e serviços públicos, em vez de legislar sobre bebês reborn”, avalia um representante local.

Assim, o caso dos bebês reborn revela mais sobre o comportamento das redes sociais e as prioridades do debate público do que sobre um problema efetivo nos serviços de saúde de Mato Grosso do Sul. Fica o convite à reflexão e ao bom senso para separar fatos de boatos.

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