As plataformas que fazem parte da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) devem antecipar para 1º de outubro a proibição do uso de cartões de crédito para apostas online. Embora essa restrição tenha sido determinada em portaria do Ministério da Fazenda para entrar em vigor apenas em janeiro de 2025, as empresas decidiram implementar a mudança mais cedo.
Plínio Lemos Jorge, presidente da ANJL, afirmou que a utilização do cartão de crédito é quase inexistente na indústria de apostas, representando menos de 3% das transações. Ele enfatizou que a proibição reforça uma prática já comum nas plataformas, que preferem oferecer opções de pagamento como o Pix.
A decisão foi discutida em reuniões com a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), e embora o governo estudasse uma nova portaria para antecipar a proibição, a sinalização das plataformas pode tornar essa medida desnecessária.
O uso do Pix tem crescido consideravelmente, com estimativas do Banco Central indicando que entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões foram transferidos de pessoas físicas para empresas de apostas online de janeiro a agosto deste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também anunciou um monitoramento de CPFs para identificar possíveis dependências psicológicas relacionadas ao jogo.
O governo expressa preocupação com o comprometimento da renda das famílias em jogos, e a regulação inclui a obrigação de compartilhamento de informações entre as empresas autorizadas para controle de endividamento por CPF.