Queda de 16,7% em 2024 reflete controle do desmatamento e avanço nas ações ambientais
O Brasil registrou em 2024 a maior redução nas emissões de gases do efeito estufa dos últimos 16 anos. No total, foram emitidas 2,145 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂e), número 16,7% menor que o do ano anterior. Quando consideradas as emissões líquidas, que levam em conta a absorção de carbono pelas florestas e áreas de preservação, a queda chega a 22%.
O levantamento mostra que a diminuição foi puxada, principalmente, pelo controle do desmatamento e pela recuperação de áreas degradadas. O setor de uso da terra, historicamente o maior responsável pelas emissões no país, reduziu em 32% o volume de poluentes em 2024. A Amazônia apresentou recuo expressivo de 41%, o Cerrado teve queda de 20% e o Pantanal, proporcionalmente, foi o bioma com o melhor resultado, com 66% de redução.
A agropecuária também apresentou melhora, com uma leve queda de 0,7% nas emissões. Já os setores de energia, resíduos e processos industriais tiveram pequenos aumentos, abaixo de 4%.
Entre os estados, Rondônia, Pará e Mato Grosso lideraram a redução nas emissões, com quedas superiores a 40%. Por outro lado, algumas regiões, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, registraram aumento no volume de gases emitidos.
O resultado reforça o papel do Brasil como referência em ações de sustentabilidade e proteção ambiental, em um momento em que o país se prepara para sediar a próxima conferência internacional sobre o clima. Mesmo com o avanço, o desafio das queimadas continua em pauta, já que o aumento das áreas atingidas pelo fogo pode comprometer parte do progresso obtido na redução das emissões.









