Campo Grande mantém posição entre as cidades com a cesta básica mais cara, apesar da redução no custo
Em janeiro, o preço da cesta básica em Campo Grande caiu 0,79%, totalizando R$ 764,24, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No entanto, apesar dessa redução, a cidade continua entre as cinco capitais com os maiores custos de alimentação.
Como Campo Grande se compara a outras capitais?
Atualmente, Campo Grande ocupa a quinta posição entre as 17 capitais analisadas. As cidades com os preços mais altos foram São Paulo (R$ 851,82), Florianópolis (R$ 808,75), Rio de Janeiro (R$ 802,88) e Porto Alegre (R$ 770,63). Por outro lado, Aracaju (R$ 571,43) e Recife (R$ 598,72) estão entre as cidades com os preços mais baixos, destacando uma grande variação no custo da cesta básica em todo o Brasil.
O que causou a queda no custo da cesta básica?
A redução no preço da cesta básica foi impulsionada principalmente pela queda de alguns itens essenciais. A batata, por exemplo, teve uma queda de 23,92%, seguida por arroz agulhinha (-4,31%) e feijão carioquinha (-3,79%). Além disso, o óleo de soja (-3,46%), o açúcar cristal (-0,48%), a farinha de trigo (-0,47%) e o pão francês (-1,97%) também registraram queda. No entanto, outros produtos, como o café, que subiu 65,71% nos últimos 12 meses, e a carne bovina, com aumento de 24,19%, continuam pressionando o orçamento das famílias.
Impacto no orçamento das famílias
Um trabalhador em Campo Grande precisou comprometer 54,43% do salário mínimo líquido para adquirir a cesta básica em janeiro. Além disso, o tempo médio necessário para a compra foi de 110 horas e 46 minutos, o que representa uma redução de 9 horas em relação a dezembro de 2024. Comparando com janeiro de 2024, quando esse tempo era de 114 horas e 47 minutos, houve uma queda de pouco mais de 4 horas, o que indica uma leve melhora nas condições de acesso à alimentação.
O cenário no Brasil
No contexto nacional, o custo da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais analisadas. As maiores elevações ocorreram em Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). Em contraste, as quedas mais expressivas foram em Porto Alegre (-1,67%) e Vitória (-1,62%). Portanto, a variação no custo de vida é significativa, refletindo as diferentes realidades econômicas em diversas regiões.
Ademais, com base na cesta básica mais cara, que foi a de São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 7.156,15, ou seja, 4,71 vezes o valor do salário mínimo vigente de R$ 1.518,00.
