Felicidade: Um conceito em constante construção, com reflexões do professor Josemar de Campos Maciel
No Café com Blink, o professor Josemar de Campos Maciel, doutor em psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco, compartilhou uma visão profunda sobre o conceito de felicidade e sua relação com políticas públicas. Em um bate-papo descontraído com Verusca Donato, o professor destacou a importância das escolhas pessoais e coletivas para alcançar o bem-estar, contextualizando o Brasil como o segundo país mais feliz da América do Sul, conforme o Relatório Mundial da Felicidade da ONU.
Confira a entrevista:
Em sua análise, o professor refletiu sobre o papel da filosofia e da psicologia na compreensão da felicidade. Segundo ele, a felicidade não é um estado permanente, mas uma posição que ocupamos em relação às nossas possibilidades de ser e de fazer. Para ele, a felicidade pode ser vivida mesmo nos momentos difíceis, como no luto, onde o mais importante é viver o momento com equilíbrio, em vez de se forçar a estar sempre “otimista”.
Além disso, ele apontou que a felicidade não pode ser associada apenas ao consumo, como um carro novo ou objetos de luxo, já que o consumo muitas vezes cria um ciclo de ansiedade, onde os desejos são baseados em produtos e não em experiências ou valores que realmente nos conectam ao que nos faz bem.
O professor também falou sobre o impacto das políticas públicas na felicidade social. Destacou que países como a Finlândia, que investem em políticas públicas e combatem a desigualdade, apresentam resultados mais altos no ranking da felicidade. No Brasil, o avanço de oito posições no relatório reflete a melhoria das condições sociais e econômicas, mas ele enfatiza que, para que essa felicidade seja coletiva, as políticas precisam ser acompanhadas por atitudes pessoais que fortaleçam redes de solidariedade, como relações de respeito e cooperação entre vizinhos e comunidades.
A felicidade, para o professor Josemar, é uma construção diária e está intimamente ligada às relações que cultivamos ao nosso redor. Ele concluiu com uma reflexão profunda sobre o papel da solidariedade, lembrando que as escolhas individuais de agir com empatia e respeito criam uma rede que contribui para o bem-estar coletivo.
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