CPI do Consórcio Guaicurus avança com depoimentos marcados por tensão e revelações
A CPI que investiga o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público em Campo Grande, segue em sua terceira fase, com depoimentos realizados todas as segundas e quartas-feiras na Câmara Municipal. Até o momento, a comissão já recebeu quase 630 denúncias enviadas pela população via WhatsApp.
No depoimento desta segunda-feira (16), o ex-diretor-presidente João Rezende foi ouvido. Inicialmente, Rezende negou participação societária no consórcio, mas acabou admitindo vínculos durante o interrogatório. Ele defendeu a existência da CPI, mas direcionou a responsabilidade pelos problemas do transporte público à Prefeitura, sugerindo que o consórcio não deve ser punido.
O clima esquentou quando Rezende se dirigiu de forma ofensiva às vereadoras Luíza Ribeiro (PT) e Ana Portela (PL), membros da CPI, demonstrando nervosismo e ansiedade durante o depoimento. O presidente da CPI, vereador Lívio Leite, precisou intervir para manter a ordem.
No segundo depoimento do dia, o diretor jurídico Leonardo Dias Marcello reforçou que o consórcio enfrenta crise financeira, impossibilitando a renovação de 98 ônibus antigos ou a inclusão de veículos com ar-condicionado.
Próximos passos:
A CPI continua na quarta-feira (18), às 13h, com depoimentos de Themis de Oliveira, atual diretor-presidente do consórcio, e Paulo Constantino, sócio proprietário. Os depoimentos são transmitidos ao vivo pelo canal do YouTube da Câmara Municipal.
A investigação tem como foco o contrato firmado entre o consórcio e a Prefeitura, levantando questões sobre a qualidade do serviço e a gestão financeira da empresa.
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