Hoje, no Café com Blink (16), recebemos Milena Mendonça, psicóloga especializada em Psicologia Organizacional e do Trabalho, com mais de 18 anos de experiência em Recursos Humanos. Além de ser consultora de RH, Milena é coach e mentora de carreira, e atua também como palestrante. Ela nos explica a tendência do “Lazy Job”, que ganha destaque entre a geração Z. Milena aborda como esse novo conceito molda o mercado de trabalho e oferece novas perspectivas para a gestão de carreiras e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Confira a entrevista completa:
Milena explica a tendência do “Lazy Job” (trabalho preguiçoso, em tradução livre), que ganha destaque entre a Geração Z. O termo pode causar confusão, mas, na verdade, o lazy job não se refere a preguiça ou procrastinação. O termo, trata-se da busca por vagas que ofereçam mais equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, com maior flexibilidade e autonomia para os funcionários.
A tendência viralizou nas redes sociais, especialmente entre jovens mulheres estrangeiras. Contudo, o lazy job também se torna uma realidade no Brasil e reflete uma nova perspectiva da geração Z sobre o mercado de trabalho.
Milena explica que os valores dessa geração são diferentes e isso se reflete em suas escolhas profissionais. A nova geração se preocupam mais com justiça social e meio ambiente, e buscam trabalhar em lugares que respeitem esses valores. O trabalho deve ter um propósito maior do que apenas ganhar dinheiro. Por isso, há um desejo por flexibilidade, como trabalhar de casa e em horários variados, em busca de mais qualidade de vida.
Quais são os aspectos positivos e negativos dessa nova tendência?
A Geração Z, que é bastante ativa nessas plataformas, ajuda a moldar essas tendências. Para aproveitar ao máximo as qualidades desses profissionais e utilizá-las em benefício das organizações, os especialistas em recursos humanos precisam estar atentos às suas demandas e interesses. No entanto, apesar das vantagens propostas pelo modelo de Lazy Job, nem todos veem essa abordagem de maneira favorável. Confira os principais prós e contras dessa tendência:
Contras:
O termo “Lazy Job” pode transmitir uma conotação negativa e indicar falta de dedicação ao trabalho. Isso pode afetar o engajamento e a motivação dos colaboradores e, assim, limitar o crescimento profissional. No entanto, a Geração Z vê o termo mais como uma hashtag popular do que como uma crítica séria.
Prós:
O “Lazy Job” responde à insatisfação das novas gerações com modelos de trabalho tradicionais. A Geração Z valoriza mais a qualidade de vida do que cargos estáveis. Com rotinas flexíveis, é possível manter a produtividade e agregar valor às empresas. Isso pode atrair talentos inovadores e engajados, que trazem vantagens para empresas e colaboradores.