Mato Grosso do Sul leva protagonismo do Pantanal à COP30 com plano de desenvolvimento sustentável e carta regional
O secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, destacou, durante entrevista ao Café com Blink, a importância da participação de Mato Grosso do Sul na COP30, que acontece no próximo mês em Belém (PA). O Estado apresentou, na Pré-COP30, a Carta do Pantanal, documento que reúne propostas e compromissos voltados ao desenvolvimento sustentável e à proteção do bioma.
Segundo Falcette, a Semadesc tem liderado as discussões em torno das contribuições estaduais para o encontro climático mundial, com foco na integração entre meio ambiente, ciência e desenvolvimento econômico. “Organizamos uma pré-COP específica sobre o Pantanal, para levar as principais demandas do bioma e mostrar como Mato Grosso do Sul tem trabalhado para equilibrar preservação e crescimento”, afirmou.
Entre as principais propostas apresentadas está o Plano Integrado de Desenvolvimento Sustentável do Pantanal, que busca alinhar políticas públicas entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, garantindo melhorias em áreas como saúde, educação e infraestrutura para as populações pantaneiras. “Falamos de cerca de 20 mil pessoas que vivem e trabalham no Pantanal, muitas delas com acesso limitado a serviços básicos. É essencial olhar para essas comunidades quando falamos em preservação”, explicou o secretário.
O governo estadual também pretende investir R$ 1,4 bilhão até 2030 em ações voltadas ao Pantanal, com foco em ciência, tecnologia e fortalecimento de instituições de pesquisa, como a UEMS, Embrapa e organizações ambientais parceiras.
Durante a COP30, Mato Grosso do Sul quer garantir que o Pantanal tenha visibilidade internacional, destacando o bioma como o mais preservado do planeta e reforçando o papel das comunidades tradicionais na conservação ambiental.
Falcette adiantou ainda que o Estado trabalha na criação de uma estrutura de gestão de ativos ambientais, voltada à valorização de recursos naturais, como carbono, água e biodiversidade. “A ideia é gerar receita com esses ativos e reinvestir em políticas públicas, reconhecendo e recompensando quem preserva”, afirmou.
A Carta do Pantanal e as propostas estaduais serão apresentadas oficialmente durante a COP30, reforçando o compromisso de Mato Grosso do Sul com o desenvolvimento sustentável e a proteção do bioma.