Ministério da Saúde amplia critérios para cirurgia bariátrica em adolescentes e pacientes com menor IMC

Ministério da Saúde amplia critérios para cirurgia bariátrica em adolescentes e pacientes com menor IMC
Dr. Wilson Cantero, cirurgião bariátrico - Foto: Roberta Dorneles/Blink 102FM

Novas regras para cirurgia bariátrica ampliam acesso e incluem adolescentes a partir de 14 anos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou as normas para cirurgia bariátrica no Brasil, ampliando as condições para que mais pessoas possam ser submetidas ao procedimento. Entre as principais mudanças está a redução do índice de massa corporal (IMC) mínimo para indicação da cirurgia, que antes era 35, agora passa para 30, desde que o paciente apresente doenças associadas, como diabetes tipo 2, esteatose hepática ou problemas articulares decorrentes do excesso de peso.

Outra novidade importante é a possibilidade de adolescentes a partir dos 14 anos realizarem a cirurgia, reduzindo a idade mínima anterior, que era 16 anos. Segundo o doutor Wilson de Barros Cantero, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, a decisão é baseada em estudos que indicam que pacientes jovens com obesidade severa podem se beneficiar do procedimento sem riscos hormonais graves, além de melhorar a qualidade de vida física e psicológica.

O médico explica que a obesidade é uma doença grave, que deve ser tratada com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico especializado. “Não basta fazer a cirurgia e esperar o corpo mudar sozinho. É preciso mudar hábitos alimentares e praticar atividades físicas regularmente”, afirma.

Sobre o acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e planos de saúde, o doutor Wilson destaca que, embora o CFM autorize a cirurgia, a regulamentação para a realização dos procedimentos depende de decisão do Governo Federal e das operadoras de saúde.

Durante a entrevista, o médico também alertou sobre o uso indiscriminado de medicamentos emagrecedores, como as chamadas “canetas emagrecedoras”, que têm se popularizado sem acompanhamento médico adequado, oferecendo riscos graves à saúde.

Confira a entrevista completa:

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