A sustentabilidade que brota nas pastagens

Produtores brasileiros estão adotando técnicas sustentáveis para aumentar a produtividade sem expandir áreas de produção. A estratégia inclui reduzir o tempo do gado no pasto, recuperar pastagens e investir em tecnologias que diminuem os impactos ambientais.

No Conacarne 2025, em Belo Horizonte, o tema central foi a pecuária sustentável. O setor busca mostrar que pode produzir com responsabilidade, reduzindo desmatamento, emissões de gases e preservando recursos naturais.

Segundo Mariana Ramos, gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg, a legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas do mundo, exigindo preservação mínima de 20% da área de cada propriedade. Em Minas Gerais, 33% do território preservado está em imóveis rurais.

Entre as práticas destacadas estão a integração lavoura-pecuária-floresta, o manejo rotacionado de pastagens, a silagem em regiões de baixa disponibilidade hídrica, e o melhoramento genético, que reduz o tempo do animal no pasto e, consequentemente, a emissão de metano.

A tecnologia também é aliada. O plantio direto e a rotação de culturas ajudam a manter a qualidade do solo e aumentar a biodiversidade. A Embrapa aponta que o metano liberado pelo gado é absorvido posteriormente pelas pastagens, criando um ciclo natural.

Um dos desafios é ampliar o acesso dos pequenos e médios produtores a essas práticas, já que exigem assistência técnica e investimento inicial. Mas, segundo Ramos, pequenas mudanças já trazem resultados importantes.

Produtores como Adriano Varela Galvão, que adota integração de safras, genética avançada e manejo rotacionado, mostram que é possível aumentar produtividade, preservar áreas de mata e reduzir custos. Para ele, “o Brasil tem solo, clima e tecnologia para ser líder mundial em pecuária sustentável”.

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