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Piracema: período de pesca liberada termina na próxima segunda em MS; entenda o significado

Piracema: Última semana para a pesca em Mato Grosso do Sul

O período de pesca liberada em Mato Grosso do Sul chega ao fim na próxima segunda-feira, dia 4 de novembro, com a entrada do defeso, conhecido como piracema. Durante essa época, a pesca será proibida em todos os rios do Estado, nas bacias hidrográficas do Paraná e do Paraguai. A iniciativa visa proteger as espécies nativas, permitindo que os peixes migrem para as cabeceiras dos rios em busca de locais adequados para a reprodução.

A piracema é um fenômeno natural crucial para a manutenção da biodiversidade e dos estoques pesqueiros. Espécies como pacu, pintado, cachara, curimba e dourado são particularmente beneficiadas por esse período.

O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul enfatiza a importância da colaboração de pescadores e estabelecimentos comerciais para garantir o cumprimento da legislação e a preservação do patrimônio natural.

Os pescadores e comerciantes que desrespeitarem a proibição poderão enfrentar penas que variam de detenção de um a três anos e multas entre R$ 700 e R$ 100 mil, além de R$ 20 por quilo de pescado ilegal. Em caso de infrações, o confisco de barcos e equipamentos também é uma possibilidade.

Entretanto, ribeirinhos e comunidades tradicionais têm permissão para capturar até três quilos ou um exemplar de peixe por dia, apenas para subsistência, sem a possibilidade de comercialização. Para os pescadores profissionais, que dependem da pesca como fonte de renda, é possível solicitar o seguro-defeso, um benefício federal que garante suporte financeiro durante o período de restrição.

Durante o defeso, equipes do Instituto de Meio Ambiente monitorarão os cardumes, realizando medições e pesagens dos peixes, além de acompanhar as fases reprodutivas, essenciais para a preservação das espécies aquáticas.

A piracema, que significa “subida de peixes” em tupi-guarani, é um momento vital para a biodiversidade dos rios, e o seu respeito é fundamental para garantir a sustentabilidade da pesca em Mato Grosso do Sul.

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