Superlotação nos hospitais de Campo Grande: um desafio crescente
Campo Grande enfrenta tempos difíceis na saúde pública e privada, com esperas de até três horas para atendimento em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs)
No programa Café com Blink, no quadro Um café, uma entrevista, conversamos com o Dr. Marcelo Santana, presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, para entender a crise que afeta tanto a Santa Casa quanto hospitais particulares e UPAs da Campo Grande.
Segundo o Dr. Marcelo, a falta de médicos não é mais o problema central. Com a abertura de novos cursos de medicina, há profissionais disponíveis. “O que falta é infraestrutura. Não tivemos uma ampliação significativa de hospitais, clínicas e UPAs para acompanhar o crescimento populacional de Campo Grande e do estado”, destacou.
Ele ressaltou que a superlotação é agravada pela carência de leitos e insumos, além da pressão constante sobre os profissionais de saúde. “A saúde mental dos médicos, enfermeiros e técnicos precisa de atenção. O aumento de afastamentos por motivos psiquiátricos é preocupante”, disse.
O Dr. Marcelo também mencionou que a sobrecarga dos serviços é intensificada por doenças sazonais, como hepatite A e síndromes respiratórias, e pela falta de integração entre as esferas municipais, estaduais e federais para solucionar o problema.
Soluções propostas:
- Ampliação de leitos hospitalares.
- Investimento em infraestrutura e tecnologia.
- Fortalecimento das equipes de saúde e melhorias nas condições de trabalho.
Apesar dos desafios, o presidente do sindicato exaltou a dedicação dos profissionais de saúde do SUS, que continuam atendendo com excelência, mesmo diante de adversidades.
A entrevista completa está disponível no YouTube Blink 102 FM.