Uma vacina brasileira para o tipo mais comum de malária no país, o Plasmodium vivax, está avançando em sua criação. A patente foi solicitada em outubro, e os testes em humanos deverão começar em breve, após aprovação das agências reguladoras. O imunizante, chamado Vivaxin, foi desenvolvido por pesquisadores da USP e UFMG, em parceria com várias instituições e com financiamento público.
Sobre a doença
A malária vivax é causada por uma parasita transmitida pela picada de mosquitos. No Brasil, 80% dos casos de malária registrados em 2023 foram desse tipo, com maior impacto na região amazônica e entre populações vulneráveis, como indígenas. Atualmente, não existe uma vacina aprovada contra essa forma da doença.
Inovação da vacina
A Vivaxin combina três variantes genéticas do parasita para aumentar sua eficácia. Testes pré-clínicos demonstraram que a vacina é segura, bem tolerada e capaz de induzir altos níveis de anticorpos em animais. Alguns casos tiveram proteção completa contra infecção. O estudo visa superar o desafio de transformar pesquisas acadêmicas em vacinas acessíveis.
Relevância do projeto
A iniciativa destaca o potencial brasileiro no desenvolvimento de tecnologias de saúde, especialmente após a pandemia de Covid-19, que evidencia a falta de investimentos na produção local de vacinas. A meta é reduzir a dependência internacional e melhorar o enfrentamento de doenças endêmicas como a malária.
Dados relevantes
De janeiro a outubro de 2024, o Brasil registrou cerca de 118 mil casos de malária, com aumento de 12% entre indígenas. Apesar de uma redução global desde 2017, muitos países das Américas continuam longe de atingir metas de controle.
O Vivaxin promete ser um marco na luta contra a malária, especialmente em áreas endêmicas, e pode contribuir para o enfrentamento dessa doença em toda a América Latina.
Com informações de CNN Brasil.