A cobertura vacinal de crianças e grupos prioritários em Campo Grande ainda está abaixo da meta ideal — e isso preocupa. Quem alerta é Veruska Lahdo, coordenadora da Vigilância em Saúde do município, em entrevista ao Café com Blink.
Durante a conversa, Veruska falou sobre a importância de completar o esquema vacinal, os impactos da desinformação e as estratégias que a prefeitura tem adotado para ampliar o acesso. “Tem unidade funcionando até 23h, plantão no fim de semana, ação em shopping, camelódromo… A gente vai até onde o povo está”, disse.
Segundo ela, o maior desafio é convencer os responsáveis a voltarem com a criança para tomar a segunda ou terceira dose de algumas vacinas. Sem isso, a proteção não é garantida — como no caso da vacina da dengue, que exige duas doses com intervalo de três meses.
Apesar dos esforços, a procura continua baixa. A campanha contra a gripe, por exemplo, atingiu apenas 50% de cobertura — e o grupo mais vulnerável, os idosos, tem comparecido pouco.
Veruska também fez um alerta contra as fake news. “Tem gente que ainda acredita que vacina tem chip ou causa autismo. Isso não existe! Vacina salva vidas e evita que doenças erradicadas voltem”, reforçou.
Outro ponto abordado foi a exigência do atestado de situação vacinal para matrícula escolar, algo que ajuda a manter a comunidade estudantil protegida, especialmente em períodos de aumento das síndromes respiratórias.
E o maior desafio da gestão? “Trabalhar com prevenção exige participação da população. Nosso trabalho é evitar que as pessoas cheguem ao hospital.”
Assista a entrevista completa com Verusca Lado no canal da Blink no YouTube: