Uma mudança política nos Estados Unidos pode mexer diretamente no bolso do brasileiro

Está em discussão no Congresso norte-americano um projeto que autoriza o presidente dos EUA a aplicar tarifas de até 500% sobre produtos de países que ainda negociam com a Rússia — direta ou indiretamente. Essa proposta, com forte apoio de Donald Trump, pode atingir em cheio o Brasil, um dos principais exportadores de commodities no mundo.

Hoje, no Café com Blink, o professor Leandro Tortosa discutiu o efeito que essa possível taxação pode ter em áreas como a agropecuária e os transportes. Entre os produtos que seriam afetados estão:

  • Suco de laranja: 41% do que exportamos vai pros EUA. É o setor mais sensível e difícil de redirecionar.
  • Café: 16% vai para os americanos. Com Honduras, Colômbia e Guatemala assumindo esse mercado, o Brasil pode mirar a União Europeia.
  • Carne bovina: Os EUA compram 12%, mas é possível redistribuir parte dessa produção para a China e países asiáticos como o Vietnã.
  • Etanol: Menor risco. A Coreia do Sul e o Japão já demonstraram interesse.

A preocupação não é só com a exportação: com o impacto no setor de transportes, o frete pode subir, puxando os preços de vários produtos e alimentando a inflação.

Apesar do susto, não é hora de falar em colapso, mas sim em adaptação. A economia global está mudando rápido — e o Brasil precisa acelerar o planejamento para não perder mercado.

Veja esse bate-papo completo no nosso canal do YouTube:

Assista a Blink ao vivo.

Compartilhe o texto: