SES alerta para riscos de canetas emagrecedoras irregulares em Mato Grosso do Sul

SES alerta para riscos de canetas emagrecedoras irregulares em Mato Grosso do Sul
Foto: Canva

Órgão aponta aumento da circulação de produtos clandestinos e adverte que versões sem registro podem conter toxinas, impurezas e causar efeitos graves

A Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) emitiu um alerta à população sobre o aumento da circulação de canetas emagrecedoras irregulares no estado. O órgão afirma que muitos desses produtos chegam por vias clandestinas, especialmente pela fronteira com o Paraguai, e representam sérios riscos à saúde.

Segundo a SES, qualquer tratamento medicamentoso para perda de peso deve seguir protocolos clínicos definidos. A preocupação cresce porque versões manipuladas, importadas sem prescrição ou comercializadas em clínicas e redes sociais não passam por controle de qualidade, podendo conter substâncias contaminadas, toxinas e até bactérias.

A Coordenação de Vigilância Sanitária Estadual (Cvisa) reforça que o uso desses produtos pode resultar em intoxicações, efeitos adversos graves e até mortes. A SES lembra que denúncias sobre venda ilegal podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.

Aumento da obesidade no estado

O comunicado ocorre em meio ao crescimento dos índices de obesidade no país. Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de adultos obesos aumentou 72% em 13 anos, passando de 11,8% em 2006 para 24,3% em 2023.

Em Mato Grosso do Sul, informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) referentes a 2024 apontam que, entre 432.773 pessoas avaliadas:

  • 32,76% estavam com sobrepeso,
  • 23,06% tinham obesidade grau I,
  • 10,36% obesidade grau II,
  • 5,99% obesidade grau III,
  • e apenas 25,94% estavam com IMC dentro da faixa adequada.

Para enfrentar esse cenário, a SES implantou a Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade, que busca ampliar o acesso à prevenção e ao tratamento adequado da doença.

A pasta reforça que medicamentos para emagrecer só devem ser usados sob acompanhamento de profissionais de saúde e que produtos sem registro ou obtidos sem receita são considerados ilegais pela Anvisa. O Ministério da Saúde informou ainda que as canetas emagrecedoras não fazem parte da rede pública, devido ao alto custo.

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