A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição da importação, fabricação, manipulação, comercialização e uso de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúde. A medida, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira, 27 de setembro, tem caráter preventivo e será válida por tempo indeterminado.
A proibição inicial foi decretada em junho, mas de forma temporária. A Anvisa ainda está analisando as evidências científicas e informações enviadas por entidades de classe e associações do setor de saúde. O fenol, uma substância química cáustica, é frequentemente utilizado em peelings químicos profundos para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes.
A atenção para o uso do fenol aumentou após a morte do empresário Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, em uma clínica de estética no Campo Belo, em São Paulo, devido a uma parada cardiorrespiratória após o procedimento com a substância.
Entretanto, permanecem autorizados os produtos que contêm fenol e estão regularizados pela Anvisa para uso em laboratórios analíticos ou de análises clínicas. Isso inclui medicamentos como dordente, auris-sedina e outros dispositivos médicos. Vale ressaltar que não há produtos à base de fenol registrados na Anvisa para procedimentos de peeling.