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Ministério da Saúde prevê aumento de casos de dengue em MS em 2025

Foto: stockphotos

El Niño e circulação do Sorotipo 3 aumentam preocupações para o verão

O Ministério da Saúde prevê um aumento de casos de dengue em Mato Grosso do Sul e outros estados brasileiros em 2025. Durante o lançamento do Centro de Operações de Emergência (COE) nesta quinta-feira (9), a ministra Nísia Trindade destacou que dois fatores serão cruciais para a intensificação da doença nos próximos meses: a continuidade do fenômeno climático El Niño e a circulação do sorotipo 3 do vírus.

O aquecimento global e o regime de chuvas representam condições favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Além de Mato Grosso do Sul, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins e Paraná estão entre os mais afetados. Essa situação exige uma vigilância constante e a implementação de medidas preventivas eficazes.

Fatores ambientais e sociais: o desafio da prevenção

A ministra enfatizou que a dengue é uma doença que envolve não apenas fatores ambientais, mas também comportamentais e sociais. Ela mencionou que, embora existam projeções de redução de casos, a efetividade dessas projeções depende da preparação e das ações de controle adotadas. Portanto, a resposta à doença precisa ser rápida e abrangente.

Plano de Contingência Nacional para conter aumento de casos de dengue

O lançamento do COE também incluiu a apresentação do novo Plano de Contingência Nacional, que tem como objetivo atualizar as estratégias de resposta aos surtos de dengue, chikungunya e zika. A principal medida será antecipar o período sazonal da dengue, reforçar as redes de saúde e intensificar as ações preventivas nos estados mais afetados. Assim, o Ministério da Saúde busca mitigar o impacto da doença durante o verão.

A situação em Mato Grosso do Sul

Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou 16.229 casos confirmados de dengue, o que representa uma redução significativa em comparação a 2023, quando o estado teve 41.046 casos. No entanto, a taxa de letalidade aumentou, passando de 0,10% em 2023 para 0,20% em 2024, com 32 mortes confirmadas e 17 em investigação. A maior concentração de óbitos ocorreu na região do Conesul, especialmente em cidades como Ponta Porã, Dourados e Amambai.

Apesar da redução no número de casos, o estado permanece em alerta. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, afirmou que ações preventivas já estão em andamento. “Embora ainda não estejamos em situação de emergência, estamos em mobilização e alerta, com foco em antecipar o período sazonal”, disse ela.

Investimentos no combate à dengue

O governo federal anunciou a compra de 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para 2025, uma estratégia complementar no combate à doença. No entanto, a produção da vacina enfrenta limitações, o que pode impactar a eficácia dessa medida. Além disso, o governo investirá R$ 1,5 bilhão no período sazonal 2024/2025, um aumento de 50% em relação ao ano anterior, com foco na redução de casos e mortes.

Embora as autoridades de saúde estejam intensificando as estratégias de prevenção e controle, erradicar a dengue no Brasil ainda está longe de ser uma realidade. A ministra Nísia Trindade concluiu, afirmando que a expectativa é reduzir os casos em 2025, mas que erradicar a dengue seria uma “utopia”.

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