Aumento de doenças respiratórias preocupa em Campo Grande; fila por leitos hospitalares cresce
Campo Grande enfrenta um dos piores momentos em saúde pública nos últimos tempos, com aumento significativo dos casos de doenças respiratórias, principalmente entre crianças e idosos, os dois extremos de público mais vulneráveis.
Até terça-feira (27), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) registrou 127 adultos e 43 crianças na fila de espera por leitos hospitalares na cidade. A superlotação é tamanha que a Santa Casa, principal hospital da capital, tem enfrentado dificuldades para atender pacientes, chegando a abrir e fechar suas portas várias vezes devido à demanda excessiva.
O município contabiliza 1.587 casos de síndromes respiratórias agudas graves e já registrou 130 mortes, sendo 81 entre idosos com mais de 60 anos e 8 entre bebês de até um ano. A maioria dos óbitos, 45 no total, foi causada por influenza A.
A vacina contra a influenza está disponível gratuitamente em 74 postos de saúde da cidade e pode ser aplicada em pessoas a partir de seis meses de idade. Embora a vacina não impeça que alguém contraia a gripe, ela é eficaz para evitar as formas mais graves da doença.
O infectologista Henrique Megali explica que o aumento das doenças respiratórias está ligado ao clima frio e seco do inverno, que favorece a concentração de poluentes no ar e o contato mais próximo entre pessoas em ambientes fechados, facilitando a transmissão de vírus e bactérias.
Os principais sintomas incluem tosse, coriza, irritação nasal e dor de garganta. Megali recomenda cuidados simples para prevenir a contaminação, como:
- Lavar as mãos com água e sabão ou álcool 70% várias vezes ao dia
- Usar máscaras ao apresentar sintomas respiratórios
- Evitar locais aglomerados e mal ventilados
- Manter os filtros de ar-condicionado limpos
- Evitar fumaça e outros irritantes das vias aéreas
- Utilizar soro fisiológico para hidratar as vias aéreas e ajudar na proteção contra infecções
Em casos de sintomas graves, como febre alta persistente, dificuldade para respirar e coloração azulada nos lábios (especialmente em crianças), é essencial buscar atendimento médico imediato.
Para mais informações, o infectologista Henrique Megali está disponível no Instagram @henriquemegali, onde responde dúvidas da população sobre o tema.
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