7 de abril: Dia Nacional de Combate ao Bullying alerta para aumento da violência nas escolas
Mais de 6,7 milhões de estudantes no Brasil afirmam ter sofrido algum tipo de violência nas escolas, segundo pesquisa do DataSenado. O número representa quase 11% dos 60 milhões de alunos matriculados no país e levanta um alerta neste 7 de abril, Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania registrou mais de 13 mil casos de violência escolar em 2024. Segundo especialistas, o aumento está ligado a fatores como a desvalorização do magistério, falta de estrutura, sensação de insegurança, discursos de ódio online e a falta de preparo do poder público para enfrentar o problema.
Entre os tipos mais comuns de violência estão agressões físicas, cyberbullying; com xingamentos nas redes sociais e, até casos de violência autoprovocada, como automutilação e tentativa de suicídio.
Em Três Lagoas (MS), a gerente do SESC local, Iracy Anhez, explicou que o enfrentamento ao bullying exige ação constante de toda a comunidade escolar. “Promovemos palestras, campanhas educativas e atividades interativas que reforçam o respeito mútuo e a convivência harmoniosa entre todos”, afirmou.
A psicóloga Cíntia Cavalcante, da Escola Horto, reforça o papel das famílias na prevenção. Mudanças de comportamento como isolamento, queda no desempenho escolar, ansiedade, tristeza e até dores físicas sem causa aparente podem ser sinais de sofrimento emocional.
Desde 2023, o bullying foi tipificado no Código Penal como “intimidação sistemática” e pode gerar até quatro anos de prisão nos casos de cyberbullying. Mesmo com legislações como o ECA e o próprio Código Penal, a violência nas escolas ainda é uma realidade silenciosa para milhões de crianças e adolescentes no país.
