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Excesso de telas dobra risco de atrasos na coordenação motora em crianças, aponta estudo

Foto: Stockphotos

O uso intenso de telas tem sido constante na vida moderna, facilitando a aprendizagem e a comunicação. No entanto, um estudo recente publicado no JAMA Pediatrics revela que a exposição precoce a esses dispositivos pode ter impactos negativos significativos no desenvolvimento infantil.

Foto: Stockphotos

Segundo a pesquisa, bebês expostos a telas no primeiro ano de vida têm quase cinco vezes mais chances de apresentar atrasos na linguagem e o dobro de chances de desenvolver déficits nas habilidades sociais. Esses atrasos são especialmente críticos entre os 2 e 4 anos, uma fase crucial do desenvolvimento.

O estudo aponta que o tempo prolongado diante das telas reduz as oportunidades de atividades essenciais para o crescimento das crianças. A falta de interação com o ambiente e com outras crianças pode levar a déficits na coordenação motora e atrasos no desenvolvimento da linguagem e das habilidades sociais.

O desenvolvimento da coordenação motora, que inclui a coordenação grossa e fina, começa nos primeiros meses de vida. A coordenação grossa envolve grandes movimentos musculares, como caminhar e correr, enquanto a coordenação fina lida com habilidades mais detalhadas, como desenhar e usar utensílios.

Para evitar os impactos negativos das telas, é recomendado limitar o tempo de exposição de acordo com a idade:

  • Menores de 2 anos: Nenhum contato com telas.
  • 2 a 5 anos: Até uma hora por dia.
  • 6 a 10 anos: Entre uma e duas horas por dia.
  • 11 a 18 anos: Entre duas e três horas por dia.

Atividades que estimulam o desenvolvimento motor, como pular corda, jogar bola e montar quebra-cabeças, são altamente recomendadas. É fundamental equilibrar o tempo de tela com atividades físicas e lúdicas apropriadas para cada faixa etária.

Conscientizar sobre os riscos das telas e promover atividades variadas é essencial para um desenvolvimento saudável das crianças. Oferecer estímulos variados contribui para um crescimento equilibrado e adequado, segundo a pesquisa.

Pesquisa JAMA Pediatrics

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