Conselho de Odontologia fiscaliza Unidades de Saúde em Campo Grande e denuncia falhas nos serviços
O Conselho Regional de Odontologia e o Sindicato dos Odontologistas têm realizado fiscalizações em unidades de saúde pública em Campo Grande, atendendo a um pedido do Ministério Público. A iniciativa busca garantir melhores condições de atendimento odontológico para a população e trabalho adequado para os profissionais da área.
Durante as vistorias, foi constatado que 14 unidades de saúde apresentam compressores inoperantes. Esses equipamentos são essenciais para o funcionamento de instrumentos odontológicos, como brocas, e até mesmo das cadeiras utilizadas nos atendimentos. Essa situação reflete diretamente no atendimento à população, como o caso da fila de espera para tratamento de canal, que pode durar de quatro a cinco meses.
Silvânia Silvestre, presidente do Conselho Regional de Odontologia, destacou a parceria com o Ministério Público e a abrangência do trabalho. “Temos vistoriado as unidades públicas para proporcionar uma melhor odontologia para a população e melhores condições de trabalho para os profissionais. Essa fiscalização ocorre não apenas em Campo Grande, mas em todo o estado”.
Os relatórios das fiscalizações são encaminhados ao Ministério Público, ao Conselho Municipal de Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde. Apesar disso, o Ministério Público informou que os dados estão em análise e ainda não podem ser divulgados.
As apurações incluem irregularidades relacionadas à manutenção de equipamentos, insumos e instrumentos, além da avaliação da estrutura física, número de profissionais disponíveis e filas de espera. Também foi levantada a preocupação com a insuficiência de auxiliares para atender a demanda, o que pode comprometer a qualidade do serviço e os protocolos de esterilização e higiene.
Enquanto as autoridades avaliam as informações e decidem os próximos passos, os pacientes continuam enfrentando dificuldades no acesso a tratamentos odontológicos adequados.