Crescimento da população em situação de rua
O número da população em situação de rua em Mato Grosso do Sul cresceu significativamente nos últimos anos. Campo Grande contabiliza 1.545 pessoas que vive nessas condições, o que representa um aumento de 21% em relação a períodos anteriores. Contudo homens entre 30 e 59 anos formam a maior parcela dessa população, seguidos por crianças de 0 a 14 anos. Além disso, no estado, estima-se que 3.228 pessoas estejam em condições de moradia improvisada.
Entre os fatores que explicam o crescimento estão o desemprego, a pobreza, o déficit habitacional, a baixa escolaridade e os cortes em programas sociais. Apesar das dificuldades, a maioria das pessoas com mais de 15 anos sabe ler e escrever, sendo a taxa de alfabetização maior entre as mulheres.
Atendimento à população em situação de rua nos municípios
Campo Grande concentra o maior número de pessoas em situação de rua, seguida por Dourados e Três Lagoas. Para atender essa população, iniciativas como o Centro de Assistência Social oferecem serviços que incluem alimentação, higiene pessoal, provisão de documentos e planejamento para a saída das ruas. Além disso, trabalho envolve assistentes sociais, psicólogos e advogados, que desenvolvem planos individuais de atendimento.
Dependência química e reinserção social
A dependência química também contribui para a vulnerabilidade social. Além de afetar a convivência familiar, o uso de drogas aumenta os desafios de reintegração social. Contudo, para esses casos, há encaminhamentos para comunidades terapêuticas e centros especializados, onde os moradores recebem tratamento para transtornos relacionados ao uso de substâncias e condições como ansiedade e depressão.
Soluções e políticas públicas
Ações como a emissão de documentos e o acesso a programas de capacitação e reinserção no mercado de trabalho visam promover a autonomia e a dignidade dessas pessoas. Especialistas reforçam que o apoio da sociedade, ao evitar dar esmolas, direciona os moradores de rua para os serviços de acolhimento e ajuda a reduzir o tempo que passam nas ruas.
Atualmente, o Brasil registra mais de 300 mil pessoas em situação de rua, o que evidencia as desigualdades sociais e desafios estruturais. Políticas públicas que integrem habitação, transferência de renda e assistência social são fundamentais para enfrentar esse cenário.