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Será esse o fim de experimentação em animais? Cientistas criam pele artificial para testes de cosméticos

Um biotecido de laboratório, semelhante ao tecido humano, tem se tornado uma boa promessa para testes de cosméticos e medicamentos. A pele artificial, criada por cientistas da USP (Universidade de São Paulo), ajudará a avaliar a segurança e a eficácia desses produtos, além de substituir o uso de animais nos testes, que divide opiniões há décadas.

A criação é uma conquista do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, que utilizou técnicas da bioengenharia para o desenvolvido do projeto.

Os testes apontaram resultados bastante satisfatórios e todo o estudo foi publicado na revista científica Bioprinting.

Para ter a pele artificial, os cientistas utilizaram bioimpressoras de última geração, pelo mecanismo de extrusão, que é o mais utilizado e permite uma reconstrução mais representativa da pele humana. O tecido é tão real que contém, na epiderme, toda a estrutura de uma pele natural, com as camadas basal, espinhosa, granulosa e córnea.

A criação da pele artificial para testar cosméticos e medicamentos também foi celebrada por profissionais da área animal.

O uso de animais em testes desses produtos divide opiniões e, com a chegada desse novo tecido, o risco de morte dos bichinhos diminui consideravelmente.

“A gente sabe que muitos testes são seguros, seguem protocolos dos órgãos fiscalizadores, mas o risco ainda existe e, enquanto existir esse risco, as discussões serão grandes”, observa ao Só Notícia Boa Juliana Ribeiro, médica veterinária.

Para a médica veterinária, é preciso redobrar a atenção: “Testes com resultados inesperados podem não só levar o animal ao óbito, mas deixá-lo com problemas de saúde para o resto da vida”.

Juliana diz que a luta de muitos protetores e profissionais da área é para que os testes não comprometam a saúde do animal.

“Muitos laboratórios têm o acompanhamento de veterinários e poucas pessoas sabem disso. A luta da gente para que esses testes acabem não é porque não acreditamos neles, é pela criação de meios, como essa pele artificial, que poupe os animais de problemas no futuro”, analisa.

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