Campo Grande registra 2ª maior inflação do Brasil em fevereiro
Campo Grande enfrentou a segunda maior alta inflacionária do Brasil em fevereiro, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingindo 1,62%. O aumento foi ligeiramente superior ao IPCA nacional de 1,31% no mesmo mês, contribuindo para o maior nível de inflação em 22 anos para o mês de fevereiro no Brasil.
Transporte público foi um dos principais responsáveis pela alta
O aumento do transporte coletivo urbano foi um dos principais responsáveis pela alta. A tarifa de ônibus subiu 4,21% no final de janeiro, passando de R$ 4,75 para R$ 4,95. Além disso, os aumentos nos preços dos combustíveis, como óleo diesel, etanol e gasolina, impactaram negativamente o índice.
O reajuste da tarifa de água e esgoto, que entrou em vigor no início de janeiro, também teve influência no aumento da inflação local. O setor de educação, com o aumento nas mensalidades das escolas particulares, e o fim do bônus de Itaipu, que afetou o preço da energia elétrica, contribuíram ainda mais para a alta.
Por outro lado, os alimentos, que foram vilões da inflação nos meses anteriores, apresentaram queda no preço de itens como batata, leite longa vida e arroz. Contudo, os preços do café moído e do ovo de galinha continuaram a subir, impedindo que a inflação recuasse significativamente.
No comparativo com outras capitais, Campo Grande ficou atrás apenas de Aracaju (SE), que registrou 1,64%. O índice da cidade sul-mato-grossense tem um peso de 1,57% na composição do IPCA nacional.
No acumulado de 2025, a inflação em Campo Grande é de 1,65%, uma variação próxima à de fevereiro. Em janeiro, a cidade teve uma das menores variações do Brasil, com apenas 0,04%. O índice nacional de inflação acumulada no ano é de 1,47%.
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, abrange famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos e contempla diversas regiões metropolitanas do país, além de municípios como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
