Cesta básica em Campo Grande tem leve queda, mas permanece entre as mais caras
Em agosto, a cesta básica em Campo Grande custou R$ 768,79, registrando queda de 0,90% em relação ao mês anterior (R$ 775,76), segundo levantamento do Dieese. Apesar da redução, a capital sul-mato-grossense mantém a sexta posição entre as cidades com os preços mais altos do país.
A diminuição foi impulsionada principalmente pela queda nos preços do tomate e do arroz. No acumulado do ano, a cesta básica teve variação de -0,20%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento foi de 7,58%. Para um trabalhador que recebe salário mínimo de R$ 1.518, são necessários cerca de 14 dias de trabalho para comprar os alimentos essenciais. O comprometimento da renda líquida com a cesta chegou a 54,75%, acima da média nacional de 49,89%.
Entre os principais itens, houve aumento nos preços do feijão-carioca (0,46%), açúcar (2,30%) e carne bovina de primeira (2,11%). Outros produtos, como tomate e arroz, registraram queda, refletindo maior oferta e queda na demanda.
No panorama nacional, 24 das 27 capitais registraram redução nos preços da cesta básica. São Paulo apresentou o maior custo (R$ 850,84), seguido por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Já na comparação anual, entre agosto de 2024 e agosto de 2025, a maioria das capitais registrou alta, com Recife (18,01%) e Fortaleza (7,32%) entre os maiores aumentos.
De acordo com o Dieese, para garantir o sustento de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo ideal em agosto de 2025 deveria ser de R$ 7.147,91, quase cinco vezes o piso nacional vigente.