Assembleia de odontologistas define indicativo de greve a partir de 17 de dezembro
Os cirurgiões-dentistas da rede municipal de Campo Grande aprovaram, por unanimidade, o indicativo de greve após rejeitarem a proposta apresentada pela prefeitura. A decisão foi tomada durante assembleia do Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul, realizada nesta quarta-feira (11), e pode resultar na paralisação de até 70% dos atendimentos eletivos entre 17 de dezembro de 2025 e 17 de janeiro de 2026.
O movimento grevista será deflagrado caso o município não cumpra a decisão judicial que determina o reposicionamento funcional dos profissionais dentro do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). A prefeitura tem até 9 de dezembro para atender a determinação.
Atendimentos de urgência estão garantidos
Mesmo com a possibilidade de greve, o sindicato afirma que todos os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos integralmente. Já os serviços ambulatoriais funcionariam com 30% da capacidade, conforme deliberado em assembleia.
Foi criado ainda um comitê de greve, responsável por organizar a distribuição dos profissionais durante o período e garantir que a população não fique desassistida nos casos mais graves.
Categoria cobra cumprimento de decisão judicial
O presidente do sindicato, Davi Shadid, afirmou que a paralisação é uma resposta ao descumprimento da ordem judicial por parte da administração municipal. “A categoria rejeitou a proposta do município e aprovou o indicativo de greve caso não haja o reposicionamento determinado pelo Judiciário. Nossa prioridade é garantir que o direito dos profissionais seja respeitado”, declarou.
Shadid reforçou que os atendimentos de urgência seguirão normalmente, mas reconhece que os procedimentos agendados podem ser afetados. A população não ficará desassistida nos plantões de emergência. A redução ocorrerá apenas nos atendimentos ambulatoriais que podem ser reagendados”.
Impasse se arrasta e afeta usuários do SUS
A decisão dos odontologistas evidencia o clima de tensão entre a categoria e a gestão municipal, que já enfrenta críticas de outras áreas da saúde. Profissionais afirmam que a prefeitura tem apresentado propostas insuficientes e que o impasse tem impacto direto no atendimento à população.
A prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre o resultado da assembleia. O sindicato deve divulgar novas orientações nos próximos dias, conforme o município avance, ou não, no cumprimento da decisão judicial.









