Justiça suspende greve e dentistas da rede municipal mantêm atendimentos em Campo Grande

Justiça suspende greve e dentistas da rede municipal mantêm atendimentos em Campo Grande
Foto: Canva

Dentistas mantêm atendimentos e realizam assembleia após Justiça suspender greve em Campo Grande

Os cirurgiões-dentistas da rede municipal de saúde de Campo Grande seguem trabalhando normalmente nesta quarta-feira (17), após a suspensão judicial da greve que estava prevista para começar hoje. Apesar da desistência da paralisação, a categoria se reúne no período da tarde para discutir os próximos encaminhamentos do movimento.

A decisão que impediu a greve foi tomada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), em liminar concedida a pedido da Prefeitura. Para os desembargadores, ainda não houve o esgotamento das negociações entre o município e o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms), o que inviabiliza a deflagração do movimento neste momento.

Entre as principais reivindicações da categoria está o reposicionamento no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, que, segundo o sindicato, já foi determinado judicialmente, mas ainda não foi cumprido. Os profissionais também apontam problemas estruturais e falta de equipamentos básicos nas unidades de saúde.

O presidente do Sioms, David Chadid, afirma que a entidade tentou negociar antes de anunciar a greve, mas considera que as propostas apresentadas pela prefeitura não contemplam as demandas da categoria. Segundo ele, o debate envolve tanto a valorização profissional quanto o cumprimento de decisões judiciais e a garantia de condições adequadas de trabalho.

Na decisão, o TJMS destacou que a prefeitura apresentou uma contraproposta formal no início de dezembro e manteve aberta a mesa de negociação, o que reforçou o entendimento de que ainda há espaço para diálogo. Outro ponto considerado foi a ausência de definição sobre a manutenção de um contingente mínimo de profissionais, exigência legal para serviços essenciais como a saúde.

Com a liminar em vigor, o sindicato está impedido de iniciar a paralisação. A assembleia desta quarta-feira deve servir para atualizar a categoria sobre os efeitos da decisão judicial e discutir alternativas legais e administrativas diante do novo cenário.

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