Campo Grande concede reajuste a profissionais da saúde bucal em meio a impasse com a categoria

Campo Grande concede reajuste a profissionais da saúde bucal em meio a impasse com a categoria
Foto: Canva

Campo Grande oficializa reajuste salarial para profissionais da saúde bucal

A Prefeitura de Campo Grande sancionou a Lei nº 7.543, de 15 de dezembro de 2025, que estabelece reajuste no salário-base dos profissionais da área odontológica que atuam na rede municipal de saúde. A medida foi publicada no Diogrande, o Diário Oficial do Município.

O reajuste contempla servidores que exercem as funções de auxiliar em saúde bucal, técnico em saúde bucal, técnico em prótese dentária e técnico especializado em equipamentos odontológicos. O aumento será aplicado de forma escalonada, com acréscimo de R$ 184,03 no salário-base em novembro de 2025 e novo reajuste no mesmo valor previsto para novembro de 2026.

Além disso, a nova legislação altera pontos da Lei nº 5.903, de outubro de 2017, passando a prever a concessão de um abono no valor de R$ 184,03 para os cargos de auxiliar em saúde bucal, técnico em saúde bucal e técnico em prótese dentária.

De acordo com a administração municipal, o objetivo da medida é promover a atualização da remuneração dos profissionais da odontologia, reconhecendo a relevância do trabalho desempenhado no atendimento à população e na manutenção da saúde bucal no município.

Contexto de mobilização da categoria

A sanção do reajuste ocorre em meio a um cenário de tensão entre a Prefeitura e a categoria dos dentistas. Na quarta-feira (17), a prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou que parte das reivindicações dos profissionais está sendo analisada pelo Poder Judiciário, o que limita avanços em negociações administrativas sobre temas já judicializados.

Enquanto isso, profissionais da odontologia realizaram assembleia para discutir a possibilidade de retomada de uma paralisação. Em nota, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (SIOMS) informou que a greve permanece suspensa, em respeito a uma decisão judicial, enquanto a categoria avalia os próximos passos.

A paralisação parcial estava prevista para começar nesta semana, mas foi suspensa após a Justiça conceder tutela provisória ao Município, determinando que o movimento não fosse iniciado. A decisão prevê multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, além de prazo de 15 dias para que o sindicato apresente contestação.

O impasse segue sendo acompanhado tanto pela administração municipal quanto pelo Judiciário, enquanto a categoria mantém a mobilização em discussão.

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