Defensoria Pública denuncia falta de remédios e risco de colapso na saúde de Campo Grande

Defensoria Pública denuncia falta de remédios e risco de colapso na saúde de Campo Grande
Foto: Canva

Profissionais da saúde anunciam paralisação e Defensoria denuncia desabastecimento na rede pública de Campo Grande

A crise na saúde pública de Campo Grande voltou ao centro do debate após duas situações graves envolvendo o atendimento à população. Profissionais da área anunciaram paralisação das atividades para a próxima segunda-feira, enquanto a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul revelou um cenário preocupante de desabastecimento de medicamentos e insumos essenciais nas unidades do município.

Em resposta ao anúncio de paralisação, a Prefeitura de Campo Grande afirmou, por meio de nota, que mantém diálogo com a categoria e que as tratativas “estão avançando de forma positiva em ambiente de construção”.

Defensoria aponta risco de colapso no atendimento

A Defensoria Pública denunciou a falta de medicamentos fundamentais, incluindo adrenalina, substância crucial para reanimação de pacientes em parada cardíaca e utilizada em atendimentos do SAMU. Segundo relatos de profissionais, apenas nove das 14 ambulâncias estariam em operação, além de faltar morfina, materiais básicos de atendimento e outras medicações de uso imediato.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-MS) confirmou a ausência desses insumos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros Regionais de Saúde e demais equipamentos da Rede de Atenção às Urgências.

Diante da situação, a Defensoria deu prazo para que a Prefeitura apresente explicações e um plano de contingência para enfrentar os riscos de desabastecimento.

Prefeitura nega crise e afirma que abastecimento é regular

A gestão municipal contesta as denúncias e declara que o abastecimento está regularizado, afirmando que esforços estão em andamento para suprir toda a rede. Entretanto, relatos de servidores da linha de frente e vistorias em unidades de saúde apontam falta de materiais, longas esperas e dificuldades contínuas nos atendimentos.

A situação, segundo registros de meses anteriores, não seria pontual: denúncias públicas indicam que a crise na saúde da Capital já se tornou sistêmica.

Usuários relatam dificuldades

O cenário foi reforçado por relatos de moradores, como a situação registrada no posto de saúde do bairro Tiradentes. Pacientes relataram falta de atendimento e até falta de energia elétrica na unidade, impossibilitando consultas e procedimentos.

A participação da população demonstra crescente preocupação sobre a responsabilidade da gestão municipal na manutenção dos serviços essenciais de urgência e emergência.

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