Confirmação do primeiro caso de coqueluche em 2024 reforça a importância da vacinação em Mato Grosso do Sul
O Estado de Mato Grosso do Sul confirmou o primeiro caso de coqueluche em 2024. A paciente é uma menina de um ano, residente em Coxim, a 252 quilômetros de Campo Grande. Apesar de não haver relação com o recente surto em São Paulo, a confirmação do caso levanta preocupações sobre a cobertura vacinal contra a doença no estado.
A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é uma infecção respiratória que provoca crises intensas de tosse seca e um som característico ao inspirar, conhecido como guincho inspiratório.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, nos últimos três anos, Mato Grosso do Sul registrou mais de 80 casos suspeitos de coqueluche, com 19 em 2021, 21 em 2022 e 34 em 2023. Em 2024, há 16 casos suspeitos e um confirmado até o momento. No ano passado, o Estado teve quatro casos confirmados após um surto na Bolívia, e a cobertura vacinal estava abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde.
A coqueluche é especialmente perigosa para bebês menores de seis meses e pode ser fatal se não tratada a tempo. A principal forma de prevenção é a vacinação, que inclui a Pentavalente e a tríplice bacteriana (DTP), ambas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
A vacinação é recomendada a partir dos 2 meses de idade, com reforços aos 15 meses e 4 anos. Gestantes devem receber a vacina DTPa a partir da 20ª semana de gestação, e profissionais de saúde também são incentivados a se vacinar.
