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Aquecimento global além do limite crítico; os impactos diretos para o clima e o Brasil

Foto: Stockphotos

Terra ultrapassa 1,5°C de aquecimento global: um alerta para ações urgentes

O planeta já enfrenta um aquecimento superior a 1,5°C em relação à era pré-industrial, apontam dois estudos globais recentes. As descobertas indicam que o clima entrou em uma fase preocupante, exigindo atenção imediata para o aquecimento global.

Desde o Acordo de Paris de 2015, as nações vêm buscando reduzir emissões de gases de efeito estufa para manter o aquecimento abaixo de 1,5°C. Em 2024, no entanto, as temperaturas médias ultrapassaram essa marca. Apesar de os dados de um único ano não caracterizarem o descumprimento do acordo, os estudos mostram que mesmo oscilações momentâneas podem indicar um padrão preocupante.

Estudos reforçam o alerta climático

Pesquisadores na Europa e no Canadá analisaram dados históricos e tendências climáticas recentes. Ambos concluíram que, quando o aquecimento global ultrapassa certos limites, o padrão se consolida por décadas. A pesquisa europeia observou que, ao atingir 1,5°C em um único ano, a média dos 20 anos seguintes tende a acompanhar esse nível. Já o estudo canadense revelou que 12 meses consecutivos acima desse limite representam uma violação de longo prazo.

Essas descobertas mostram que a Terra já pode ter entrado em uma fase de aquecimento constante acima de 1,5°C, mesmo que esforços rigorosos de redução de emissões comecem imediatamente.

Impactos visíveis e ameaças futuras

Os efeitos das mudanças climáticas já afetam ecossistemas, sociedades e economias. Regiões como a Austrália enfrentam secas extremas, incêndios florestais e aumento do nível do mar. A Grande Barreira de Corais sofre com a elevação da temperatura dos oceanos, enquanto eventos climáticos extremos se intensificam globalmente.

Apesar dos avanços, como o crescimento de fontes de energia renovável e a desaceleração nas emissões de setores poluentes, as emissões globais continuam em níveis alarmantes. Desde o primeiro relatório do IPCC em 1990, elas aumentaram 50%, demonstrando a urgência de ações mais eficazes.

Esperança em meio à crise

A humanidade ainda pode reverter os danos climáticos, mas isso exigirá uma transformação drástica. Será necessário alcançar emissões líquidas negativas, removendo mais gases da atmosfera do que emitimos. Países desenvolvidos devem apoiar nações mais vulneráveis, que sofrerão os impactos mais severos.

Investimentos em energia limpa, descarbonização da economia e mudanças nos padrões de consumo precisam ser acelerados. Além disso, só com medidas imediatas e coordenadas será possível conter os impactos e proteger as gerações futuras.

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