Crise do metanol completa um mês com 58 casos confirmados e 15 mortes

Crise do metanol completa um mês com 58 casos confirmados e 15 mortes
Foto: Canva

Autoridades reforçam alerta sobre falsificação de bebidas e intensificam fiscalização para conter intoxicações por metanol

A intoxicação por metanol em bebidas falsificadas completa um mês com números alarmantes, 58 casos confirmados e 15 mortes, a maioria em São Paulo, mas também registradas em Paraná e Pernambuco. O problema começou a ser identificado em 26 de setembro, quando os primeiros nove casos suspeitos foram notificados, e está ligado à adulteração de bebidas alcoólicas com álcool combustível contaminado com metanol.

Desde então, hospitais pólo foram preparados, laboratórios aceleraram testes e Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) lideraram a detecção de casos. A Polícia Civil e a vigilância sanitária atuaram na fiscalização de pontos de venda e distribuição, enquanto o governo federal criou um comitê para coordenar as ações.

Entre as medidas adotadas estão o envio de etanol farmacêutico e do antídoto fomepizol para hospitais, além da implementação de protocolos mais rápidos para identificação de bebidas adulteradas. Pesquisadores também desenvolveram tecnologias como o “nariz eletrônico”, capaz de detectar metanol com uma única gota da bebida.

Investigações apontaram dois postos de combustíveis em São Paulo como origem do álcool adulterado, e uma distribuidora de bebidas onde os produtos falsificados eram envasados foi identificada. As autoridades continuam diligências para mapear toda a cadeia de falsificação.

O alerta segue ativo, e especialistas reforçam que o consumo de bebidas de procedência duvidosa representa risco grave à saúde. A situação motivou também medidas legislativas: em São Paulo, uma CPI deve ouvir autoridades sobre a falsificação de bebidas, e em âmbito federal o Projeto de Lei 2307/07 pode criminalizar como hedionda a adulteração de alimentos e bebidas.

Até o último boletim, 50 casos permaneciam em investigação, 635 notificações foram descartadas, e nove mortes ainda estão sob apuração em diversos estados.

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