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Como as rodovias em MS afetam os mamíferos do Cerrado

Foto: stockphotos

Impacto das rodovias no Cerrado em MS ameaça habitats naturais

O impacto das rodovias no Cerrado de Mato Grosso do Sul tem gerado sérios efeitos sobre os habitats naturais e a fauna local. Com a perda de metade da vegetação nativa devido ao desmatamento e à expansão agrícola, as rodovias se tornaram barreiras significativas, fragmenta os habitats e dificulta a sobrevivência de várias espécies. Esse cenário é uma preocupação crescente para a conservação da biodiversidade.

Estudo revela o impacto das rodovias

Recentemente, um estudo detalhou o impacto das rodovias MS-040 e BR-267 sobre 12 espécies de mamíferos. Os resultados demonstraram que a proximidade das rodovias afetam diretamente a abundância das espécies, especialmente pela redução da qualidade e conectividade dos habitats. Para a maioria das espécies, portanto, as rodovias se mostraram um fator determinante para a diminuição das populações. No entanto, a anta e o tamanduá-mirim não apresentaram alterações significativas, o que sugere que nem todas as espécies são igualmente afetadas.

Espécies mais afetadas e resultados inesperados

O impacto das rodovias no Cerrado foi mais evidente em três espécies: o tamanduá-bandeira, a capivara e o cachorro-do-mato. Curiosamente, o cachorro-do-mato mostrou maior abundância nas áreas próximas às rodovias, o que contrariou as expectativas dos pesquisadores. Embora se esperasse que todas as espécies com altas taxas de atropelamento fossem mais afetadas, o estudo revelou que os impactos podem variar, dependendo de diversos fatores, como o comportamento das espécies e a adaptação ao ambiente.

Ameaça de extinção e possíveis soluções

Dentre as 12 espécies analisadas, cinco estão ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira e a anta. Para coletar os dados, pesquisadores instalaram câmeras fotográficas ao longo das rodovias e em áreas de vegetação nativa. Esses dados foram essenciais para entender melhor o impacto das rodovias no Cerrado. Além disso, além do aumento do risco de atropelamentos, as rodovias também fragmentam os habitats, dificultando a movimentação das espécies e a disponibilidade de alimentos e abrigo.

Portanto, para mitigar esses impactos, especialistas sugerem a construção de cercas e passagens de fauna. Essas medidas poderiam proteger espécies vulneráveis, como o tamanduá-bandeira, que também se beneficiaria da redução da velocidade em trechos críticos. Além disso, a restauração da vegetação nativa nas propriedades rurais pode ser uma solução importante para melhorar a conectividade dos habitats e apoiar a conservação da fauna local.

Manutenção das áreas de preservação

Por fim, manter áreas de preservação permanente é essencial para a sobrevivência das espécies e para garantir a integridade do Cerrado. Com isso, com ações bem planejadas, como a restauração de habitats e a implementação de passagens de fauna, é possível equilibrar as paisagens agrícolas com a preservação da biodiversidade. Dessa forma, cria-se um ambiente mais seguro e sustentável para a fauna local.

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