Médicos de Campo Grande aprovam indicativo de greve após redução em valores de plantões

Médicos de Campo Grande aprovam indicativo de greve após redução em valores de plantões
Foto: Canva

Profissionais dão prazo de 10 dias para prefeitura reverter redução de 10% nos plantões e ameaçam iniciar “gargalo técnico” e possível greve geral

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed) comunicou oficialmente à Prefeitura de Campo Grande, nesta terça-feira (25), que a categoria aprovou um indicativo de greve. Os profissionais deram um prazo de 10 dias para que o decreto que reduziu a remuneração dos plantões eventuais seja revisto.

A decisão foi tomada em assembleia realizada na segunda-feira (24), com a presença de médicos da Rede Municipal de Saúde. Segundo o Sinmed, o movimento é resultado de quatro anos de congelamento salarial e da falta de insumos nas unidades, situação que, segundo eles, tem prejudicado o atendimento.

Nos ofícios enviados à Secretaria Municipal de Administração e Inovação (Semadi) e à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), o sindicato informa que, caso não haja resposta até 5 de dezembro, três medidas serão adotadas a partir do 11º dia.

  1. “Gargalo técnico”, em que os atendimentos passam a ocorrer apenas dentro das condições ideais;
  2. Deflagração de greve geral, caso outras categorias do funcionalismo também decidam aderir;
  3. Assembleia permanente, permitindo novas deliberações a qualquer momento.

O presidente do Sinmed, Marcelo Santana Silveira, afirmou que a prefeitura está ciente do ultimato e reforçou o pedido de uma reunião emergencial para tratar da revogação do decreto e das condições de trabalho nas unidades de saúde.

O que mudou com o decreto

O decreto, publicado em 7 de novembro, reduziu em 10% os valores pagos a profissionais que atuam em plantões aos finais de semana, feriados e pontos facultativos. Além disso, a bonificação aplicada no Natal e Ano-Novo caiu de 100% para 50%.

Com a mudança, o valor pago por plantões de 12 horas nessas datas caiu de R$ 213,00 para R$ 106,69.

A prefeitura, por sua vez, nega cortes em remunerações fixas e afirma que a mudança atinge apenas gratificações variáveis. A Sesau explica que a medida faz parte de uma “reestruturação da rede”, com objetivo de ajustar despesas e ampliar investimentos na assistência.

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