No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira (29), uma campanha foi lançada para conscientizar a população, especialmente os jovens, sobre os riscos do cigarro eletrônico.
A ação, que faz parte do Movimento VapeOFF, visa combater o crescente uso desse produto, também conhecido como vape ou pod.
A campanha inclui videoaulas para professores e depoimentos de personalidades, com o objetivo de mobilizar jovens e adultos contra o cigarro eletrônico. Empresas parceiras estão colaborando na divulgação gratuita das mensagens.
Dados recentes indicam que o consumo global de cigarros eletrônicos aumentou 600% nos últimos seis anos, com mais de 1 milhão de brasileiros já experimentando esses dispositivos, apesar de sua comercialização ser proibida no país desde 2009. A maioria dos usuários no Brasil tem entre 15 e 24 anos.
A iniciativa busca conscientizar sobre os malefícios do cigarro eletrônico nas escolas e universidades, oferecendo materiais educativos que discutem os perigos do produto. Além disso, novos projetos estão sendo planejados para 2025, como o Desafio Universitário, que visa envolver a comunidade acadêmica na busca por soluções para evitar o início do uso de cigarros, eletrônicos ou convencionais, entre adolescentes.
Pesquisas apontam que o hábito de fumar, incluindo o uso de cigarros eletrônicos, pode levar ao aumento de casos de câncer de pulmão, especialmente entre os jovens. Especialistas alertam que o tabagismo é considerado uma doença que começa na adolescência, e o consumo de nicotina em dispositivos eletrônicos pode ser ainda mais prejudicial, acelerando o surgimento de doenças graves.
A campanha também defende a manutenção das restrições à comercialização de cigarros eletrônicos e a necessidade de políticas públicas que ampliem o controle sobre esses produtos, com maior fiscalização e aumento de impostos sobre produtos fumígenos.
Estudos mostram que os cigarros eletrônicos podem causar dependência química mais rápida e mais intensa do que os convencionais, levando ao adoecimento precoce por doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer. A conscientização nas escolas é vista como fundamental para prevenir o início desse hábito entre os jovens.
A campanha reforça a importância de educar a sociedade sobre os riscos do cigarro eletrônico e de manter políticas rígidas para proteger a população, especialmente os mais jovens, contra os malefícios desse produto.