Uma notícia positiva aponta que a extrema pobreza no Brasil reduziu em 40% em 2023 em comparação a 2022. Segundo o relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades, o índice de desemprego também melhorou, registrando uma queda de 20%.
Pessoas em situação de extrema pobreza são aquelas com renda mensal per capita inferior a R$ 109. O Nordeste continua sendo a região com a maior população em situação de vulnerabilidade, com 2,7% dos habitantes, apesar de ter havido uma redução de 42,6%.
Os dados mostram ainda que a maior redução da pobreza extrema ocorreu entre as mulheres negras, com uma queda de 45,2%, e entre os homens negros, com uma diminuição de 39%.
A renda das mulheres também aumentou. O número de pessoas empregadas no país subiu, refletindo a queda de 19% na taxa de desocupação, um percentual praticamente igual entre homens e mulheres.
O Nordeste foi a região com a maior redução na taxa de desocupação, registrando 15,4%. Em seguida, vieram o Norte, com 21,7%, e o Sudeste, com 21,3%. Depois, as regiões Centro-Oeste e Sul. O Nordeste apresenta a maior taxa de desocupação do país, com 11%, enquanto o Sul tem a menor, com 5%, se aproximando do pleno emprego.
Outro dado positivo é o aumento dos rendimentos das mulheres em 2023, que cresceram 9,57%, enquanto os homens tiveram uma alta de 7,68%. Contudo, a desigualdade de renda entre os gêneros ainda persiste.
Os desafios no Brasil continuam intensos. A desigualdade de renda no país permaneceu praticamente inalterada em 2023 em comparação a 2022, segundo o relatório. Os 1% mais ricos têm um rendimento médio mensal per capita 31 vezes maior do que os 50% mais pobres.
Um dado preocupante é o aumento na proporção de crianças indígenas que sofrem com desnutrição: 16,1% entre meninos indígenas e 11,1% entre meninas indígenas. Além disso, houve um aumento de 22% nas mortes por causas evitáveis.
Lançado em 2022, o estudo do Observatório Brasileiro das Desigualdades monitora anualmente 42 indicadores. Coordenado por organizações que integram o pacto, com apoio técnico do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), o Observatório reúne organizações da sociedade civil e busca diagnosticar a situação do país em diversos aspectos sociais e econômicos, levando em conta disparidades de gênero, raça e território.
Com informações de Só Notícia Boa.