Aumento da cesta básica em Campo Grande: impactos no orçamento familiar
Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, tem experimentado um aumento significativo no preço da cesta básica. Em novembro de 2024, o valor da cesta chegou a R$ 772,45. Colocando a cidade entre as cinco mais caras do Brasil, apenas atrás de São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Dessa forma, esse aumento de 2,85% no mês de novembro. Reflete a alta nos preços dos alimentos essenciais, afetando diretamente o orçamento das famílias. Além disso, a pressão sobre os consumidores tem aumentado significativamente.
Inflação e aumento de preços: quais produtos estão por trás do aumento da cesta básica?
O aumento da cesta básica em Campo Grande é impulsionado principalmente por três itens: óleo de soja, carne bovina e café. Em primeiro lugar, esses produtos registraram aumentos expressivos em novembro de 2024. O óleo de soja teve uma alta de 39,8%, a carne bovina aumentou 10% e o café registrou um aumento de 52%. Portanto, esses aumentos refletem a inflação dos alimentos essenciais, que impactam diretamente as famílias que dependem desses itens para garantir a alimentação diária.
Quanto as famílias precisam para comprar a cesta básica em Campo Grande?
Uma família de quatro pessoas em Campo Grande precisa de R$ 2.317,35 para adquirir os itens básicos da cesta. Além disso, esse valor representa uma carga pesada para o trabalhador da capital, que precisaria trabalhar 120 horas e 21 minutos para conseguir comprar a cesta básica. Dessa forma, esse dado evidencia o impacto do aumento de preços na qualidade de vida dos moradores, que enfrentam dificuldades para cobrir o custo dos itens essenciais.
Salário mínimo e o comprometimento da renda com a cesta básica
Com o salário mínimo de R$ 1.306,10 em novembro de 2024, o trabalhador de Campo Grande precisa comprometer 59,14% do seu rendimento líquido para adquirir a cesta básica. Em comparação, esse valor é um aumento em relação ao mesmo período de 2023, quando o comprometimento era de 55,27%. Logo, a alta nos preços está tornando a situação financeira mais difícil para muitas famílias da cidade.
Com o aumento contínuo nos preços de itens essenciais como carne bovina e óleo de soja, especialistas indicam que o custo da cesta básica pode continuar a subir nos próximos meses. O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) alerta para a necessidade urgente de políticas públicas que ajudem a controlar a inflação e tornem os alimentos mais acessíveis para a população. Caso a tendência de aumento de preços persista, o impacto no orçamento das famílias pode se intensificar em 2025.