O que os ultraprocessados estão fazendo com a saúde das crianças

O que os ultraprocessados estão fazendo com a saúde das crianças
Foto: stockphotos

Ultraprocessados na infância: alerta sobre riscos à saúde física e mental. Pediatra orienta sobre como reduzir o consumo e formar hábitos alimentares saudáveis desde cedo

Alimentos com rótulos chamativos, embalagens coloridas e sabor marcante podem parecer inofensivos, mas esconder riscos sérios à saúde das crianças. Refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados, salsichas, bacon, macarrão instantâneo e fast food estão entre os exemplos mais comuns de ultraprocessados, produtos que passam por diversas etapas industriais e costumam conter grandes quantidades de açúcar, gorduras ruins, sódio, corantes, aromatizantes e conservantes.

A pediatra Bruna de Paula, especialista em nutrição infantil, explicou ao Café com Blink que o consumo excessivo desses alimentos já está associado ao aumento de doenças como obesidade, colesterol alto, diabetes tipo 2, hipertensão e até alguns tipos de câncer em crianças e adolescentes. “O organismo infantil está em desenvolvimento e é mais vulnerável aos efeitos negativos de ingredientes artificiais e aditivos químicos”, destacou.

Além dos impactos físicos, a médica alerta que o excesso de ultraprocessados pode influenciar diretamente no comportamento. Entre as consequências estão queda na concentração, dificuldade de aprendizado, alterações de humor e maior irritabilidade. Outro problema é a redução do consumo de fibras, vitaminas e minerais essenciais, o que enfraquece o sistema imunológico e deixa o corpo mais suscetível a doenças.

Segundo Bruna, hábitos alimentares formados nos primeiros anos de vida tendem a acompanhar a criança até a vida adulta. Por isso, ela recomenda que pais e responsáveis deem o exemplo, evitando consumir ultraprocessados na frente dos filhos e oferecendo opções naturais. “Tudo começa pelo que a criança vê e repete. A consistência é fundamental, não adianta comer saudável em um dia e, no seguinte, oferecer apenas industrializados”, reforça.

Para incentivar uma alimentação mais equilibrada, a pediatra orienta apostar em refeições caseiras, incluir frutas, legumes e verduras no dia a dia e apresentar esses alimentos de forma variada. A repetição e a paciência, segundo ela, são chaves para que o paladar infantil se acostume aos sabores naturais, menos intensos do que os ultraprocessados.

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