Paralisação do transporte coletivo em Campo Grande gera transtornos e pode resultar em greve geral na próxima semana
A manhã de quarta-feira (22) foi marcada por uma paralisação no transporte coletivo de Campo Grande que durou cerca de duas horas e deixou milhares de passageiros sem ônibus entre 5h30 e 7h. O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU), em protesto contra o atraso no pagamento do adiantamento salarial dos motoristas e cobradores.
De acordo com o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, o Consórcio Guaicurus não procurou a entidade para negociar um novo acordo sobre o pagamento, que estava previsto para o dia 20 de outubro. “Fizemos a paralisação porque o consórcio não cumpriu com a obrigação. Procuramos os representantes e fomos informados de que não havia uma data definida para o pagamento. Por isso, decidimos realizar o protesto para pressionar pelo repasse o mais rápido possível”, explicou Freitas.
O sindicato convocou uma assembleia para segunda-feira (27), às 8h, na sede do STTCU, onde a categoria deve votar a possibilidade de greve geral, caso o pagamento do adiantamento não seja regularizado até lá.
Durante a paralisação, muitos trabalhadores enfrentaram dificuldades para se deslocar. Terminais ficaram lotados e o uso de aplicativos de transporte aumentou significativamente nas primeiras horas da manhã.
Em nota, o Consórcio Guaicurus atribuiu o atraso ao não repasse de recursos referentes às gratuidades, como o passe estudantil, o que teria comprometido o fluxo de caixa e o pagamento dos funcionários.
Nesta quinta-feira (23), o transporte coletivo voltou a operar normalmente, mas o clima entre os trabalhadores segue de incerteza. A decisão sobre uma possível greve deve ser tomada na próxima semana.








