Assembleia Legislativa debate ampliação do acesso a sensores digitais para quem tem diabetes em MS

Assembleia Legislativa debate ampliação do acesso a sensores digitais para quem tem diabetes em MS
Foto: Canva

Assembleia discute ampliação do acesso a sensores digitais para tratamento do diabetes em MS

A discussão sobre o uso de tecnologias mais modernas no cuidado às pessoas com diabetes ganha um novo capítulo em Mato Grosso do Sul. Depois de ser tema de uma audiência movimentada na Câmara Municipal de Campo Grande, o assunto chega agora à Assembleia Legislativa, que promove nesta quarta-feira, 3 de dezembro, às 14h30, um encontro voltado à avaliação do uso de sensores digitais de glicose na rede pública de saúde.

Além de tratar da ampliação do acesso, o debate também deve apresentar dados atualizados sobre o impacto financeiro do diabetes tipo 1 no sistema público, especialmente nos casos de hipoglicemia grave e cetoacidose, duas das complicações mais frequentes e que geram alto custo ao SUS.

Segundo levantamento técnico que será apresentado na audiência, o custo médio de uma internação por hipoglicemia grave e cetoacidose ainda é elevado, e o reembolso recebido pelo sistema público fica muito abaixo do valor gasto. Além disso, o tempo médio de internação pode ultrapassar quatro dias nos casos mais graves, o que também pressiona a rede hospitalar.

Outro ponto que deve ser discutido é a projeção dos custos anuais de hospitalizações por tipo de terapia utilizada. Estudos comparativos mostram que pacientes que utilizam sensores digitais, como o FreeStyle Libre, tendem a gerar custos menores ao longo do ano, principalmente por reduzirem episódios de complicações que exigem internação, quando comparados ao método tradicional de punção no dedo (AMGC).

A tecnologia de monitoramento contínuo da glicose permite que o paciente acompanhe as variações glicêmicas em tempo real, diminuindo a necessidade de perfurações nos dedos e oferecendo mais segurança, especialmente para crianças e pessoas que dependem de controle rigoroso.

O avanço do tema para o Parlamento estadual ocorre após a mobilização realizada em Campo Grande, onde famílias e profissionais defenderam a adoção dos sensores como forma de melhorar o acompanhamento da doença e diminuir riscos de complicações. A iniciativa também busca alinhar o Estado a práticas já adotadas em outras regiões que utilizam recursos tecnológicos como estratégia de prevenção e redução de internações.

A audiência na Assembleia pretende fortalecer a construção de um modelo integrado entre municípios e Estado, ampliando o alcance da tecnologia na rede pública. Representantes da área da saúde, instituições e profissionais especializados devem contribuir com análises técnicas e experiências do cotidiano de pacientes.

Aberta ao público, a discussão será transmitida pelos canais oficiais da Assembleia, permitindo que mais pessoas acompanhem o debate. A expectativa é que o encontro ajude a consolidar diretrizes para um atendimento mais moderno, seguro e humanizado às pessoas que convivem com o diabetes em Mato Grosso do Sul.

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