Donald Trump recua parcialmente em guerra tarifária, mas aumenta pressão sobre a China
Nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão temporária de tarifas sobre diversos países por um período de 90 dias. Apesar do alívio parcial, Trump elevou as taxas sobre produtos chineses, que passaram de 104% para 125%. A medida reforça a tensão na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Confira a entrevista completa:
Para entender os impactos dessa instabilidade global, a BlinkFM entrevistou Leandro Tortosa, professor de Comércio Exterior da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Segundo Tortosa, a estratégia de Trump segue um padrão agressivo de negociação: “Ele exerce uma forte pressão inicial, recua para aliados e isola a China diplomaticamente para forçá-la à mesa de negociações.”
O professor destacou que, no curto prazo, o Mato Grosso do Sul tem se beneficiado do cenário. A alta do dólar impulsiona as exportações de produtos como soja, carne bovina e etanol. “Estamos vendendo bem, mas a incerteza para o longo prazo é preocupante. Se a guerra comercial persistir, os impactos no agronegócio e na economia regional podem ser severos, principalmente com aumento de custos de importação e pressão inflacionária.”
Além disso, Tortosa ressaltou que as práticas comerciais da China, incluindo subsídios estatais e manipulação cambial, são vistas como desleais pelos Estados Unidos, alimentando o conflito.
A íntegra da entrevista está disponível no YouTube da blink.