Campo Grande lidera aumento no preço do café entre as capitais
Em Campo Grande, o preço do café disparou, registrando um aumento impressionante de 65,71% nos últimos 12 meses. O pacote de 500g, que custava R$ 13,32 em janeiro de 2024, subiu para R$ 22,07 em janeiro de 2025. Tornando-se o item com a maior alta na cesta básica da cidade. Este aumento coloca Campo Grande como a capital com a maior variação de preços entre todas as cidades analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Embora o café tenha registrado esse aumento significativo, o custo médio da cesta básica na capital de Mato Grosso do Sul apresentou uma leve redução de 0,79% no período de janeiro de 2024 a janeiro de 2025. O valor médio passou de R$ 736,98 para R$ 770,35, representando um aumento de 3,73% ao longo de 12 meses. Para uma família de quatro pessoas, o custo mensal da cesta básica é estimado em R$ 2.292,72.
Variações nos preços de alimentos essenciais
Além do café, outros alimentos essenciais também apresentaram variações significativas. O tomate, por exemplo, subiu 22,69% em janeiro, enquanto a banana teve um aumento de 4,79%. A manteiga, por sua vez, registrou uma leve alta de 0,02%. No acumulado de 12 meses, o tomate apresentou uma queda de 22,85%, a banana permaneceu estável com uma variação de 0,48%, e a manteiga subiu 7,12%.
Os preços do leite, do óleo de soja e da carne bovina também apresentaram movimentos distintos. O leite teve uma queda de 3,15% em janeiro, mas acumula uma alta de 11,27% no período de 12 meses. O óleo de soja e a carne bovina registraram uma retração de 3,46% e 2,59%, respectivamente, no início de 2025, após altas consecutivas ao longo de 2024. No entanto, esses itens ainda acumulam aumentos expressivos de 30,56% e 24,19%, respectivamente, no último ano.
Reduções e alívio no orçamento
Alguns alimentos, por outro lado, apresentaram quedas consideráveis. A batata, por exemplo, teve uma queda de 23,92% em janeiro, sendo vendida a R$ 3,88 o quilo, e uma redução impressionante de 59,07% no acumulado de 12 meses. O arroz agulhinha e o feijão carioquinha também tiveram quedas de 4,31% e 3,79%, respectivamente.
Em relação ao impacto no bolso do trabalhador, o tempo necessário para adquirir a cesta básica diminuiu. Em janeiro de 2025, o tempo médio de trabalho exigido para comprar a cesta foi de 110 horas e 46 minutos,. Representando uma redução de 9 horas e 16 minutos em relação ao mês anterior. No entanto, o comprometimento da renda com a cesta básica ainda é significativo. Para adquirir os produtos essenciais, o trabalhador comprometeu 54,43% do salário mínimo líquido em janeiro de 2025, uma melhoria em relação a dezembro de 2024, quando o percentual era de 58,98%.