Exercício pode reverter 20 anos de envelhecimento do coração, revela estudo que voltou à tona nas redes

foto: stockphotos

Um estudo científico realizado há 7 anos voltou a ganhar destaque recentemente nas redes sociais, graças à divulgação feita por uma influenciadora da área da saúde, a Dra. Rhonda Patrick. E o motivo da repercussão é impressionante: exercício físico rejuvenesce o coração até 20 anos.

A pesquisa, considerada uma das mais completas sobre os efeitos do exercício no sistema cardiovascular, acompanhou 61 pessoas sedentárias, com cerca de 55 anos de idade, por dois anos. O resultado surpreendeu: após o programa de treinos, os participantes apresentaram coração com desempenho semelhante ao de pessoas de 30 anos, segundo medições por equipamentos médicos especializados.

O estudo foi descrito pelos próprios autores como o mais longo já feito com exercícios supervisionados e estruturados, de forma controlada e randomizada, para analisar a saúde cardiovascular. A ideia era responder a uma pergunta simples: é possível recuperar a saúde do coração mesmo depois de décadas de sedentarismo? A resposta foi sim — desde que o programa de treino comece antes dos 65 anos.

Como era o programa de exercícios

O plano durava 2 anos. Nos primeiros meses, o treino começava leve, com aumento gradual na carga. Entre o 6º e o 10º mês, havia o pico de intensidade, com sessões mais exigentes. Depois, os 14 meses seguintes serviam para manter os resultados, com treinos moderados.

A rotina incluía:

  • 2 sessões semanais de treino intervalado intenso, com orientação profissional
  • 1 hora de atividade leve ou moderada, como caminhada, bicicleta ou esportes recreativos
  • 5 a 6 horas de atividade física por semana no pico do programa, e cerca de 4 horas na fase de manutenção

Mesmo na etapa mais leve, o volume de exercícios foi superior ao recomendado pelos órgãos de saúde, que indicam pelo menos 150 minutos semanais.

Coração mais jovem = menos risco de doenças

Segundo o autor principal do estudo, Dr. Benjamin Levine, medir o condicionamento físico na meia-idade é uma das melhores formas de prever o risco de insuficiência cardíaca no futuro. Ele reforça: exercício físico deveria ser tratado como higiene diária, igual escovar os dentes ou tomar banho.

Outro ponto importante é que pessoas que mantêm uma vida ativa desde cedo tendem a preservar melhor a saúde do coração. Mas o estudo mostra que ainda é possível reverter danos mesmo para quem só começa a se exercitar aos 50 e poucos anos. No entanto, após os 65 anos, o coração já apresenta limitações maiores para regeneração — especialmente se a pessoa foi sedentária a vida toda.

O recado dos cientistas é direto: a meia-idade pode ser a última chance de dar uma reviravolta na saúde cardíaca. E, mais do que nunca, fica claro que exercício é um dos remédios mais poderosos e acessíveis que existem.

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