Mercado financeiro aumenta previsão da inflação pela 19ª semana seguida

Foto: Stockphotos

Mercado financeiro revisa projeção da inflação pela 19ª vez seguida

Nesta semana, o mercado financeiro revisou sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil. A estimativa subiu de 5,6% para 5,65% para o ano de 2025, marcando a 19ª elevação consecutiva. O Banco Central (BC) divulgou a informação no Boletim Focus, pesquisa realizada semanalmente em Brasília.

Além disso, o mercado ajustou a projeção para a inflação de 2026, que subiu de 4,35% para 4,4%. Para os anos seguintes, as previsões indicam crescimento mais modesto: 4% em 2027 e 3,79% em 2028.

A previsão para 2025 ultrapassa o teto da meta de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN). O teto da meta é 4,5%, considerando uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A meta fixa do CMN é de 3%.

Em janeiro, o IBGE registrou uma desaceleração na inflação oficial, que marcou 0,16%. Este é o menor valor para um mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994. A principal explicação para a desaceleração vem do Bônus Itaipu, que gerou descontos nas contas de luz de milhões de brasileiros no mês anterior.

Embora o índice tenha desacelerado, os preços não caíram; eles apenas aumentaram a uma taxa mais baixa. O IPCA acumulado em 12 meses chegou a 4,56%.

Taxa de juros e política monetária

O Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação e atingir a meta. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a Selic, marcando o quarto aumento consecutivo. O Copom também anunciou que, em março, elevará a taxa em mais 1 ponto percentual.

Para o final de 2025, o mercado financeiro espera que a Selic atinja 15% ao ano. Para os anos seguintes, as previsões são de quedas graduais: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

O aumento da Selic tem como objetivo controlar uma demanda aquecida, já que juros mais altos tornam o crédito mais caro e incentivam a poupança. No entanto, taxas elevadas também podem dificultar o crescimento da economia, tornando o crédito mais caro e limitando a expansão.

Quando o Banco Central reduz a Selic, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando o consumo e a produção, embora isso possa pressionar a inflação.

Previsão do PIB e do câmbio

O mercado manteve sua previsão de crescimento do PIB em 2,01% para 2025. Para 2026, a expectativa é de 1,7%, enquanto em 2027 e 2028 o crescimento projetado é de 2%. No terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,9% em relação ao segundo trimestre, com uma alta acumulada de 3,3% no ano.

A previsão para o dólar é de que ele termine 2025 cotado a R$ 5,99. Para 2026, a estimativa é que o dólar fique em R$ 6.

Assista a Blink ao vivo.

Compartilhe o texto:

Destaques: